Rogério Ceni nega oscilação, cita emocional e poucas opções no elenco
O São Paulo ficou no empate com o Atlético-MG e se distanciou do principal objetivo da temporada, que é garantir a vaga na Libertadores do ano que vem. Em um ano no qual o time teve ótimos momentos —como chegar a duas finais e eliminar rivais em mata-mata—, mas também com duas derrotas dolorosas nas decisões, o técnico Rogério Ceni, porém, negou que a temporada esteja sendo marcada por uma oscilação.
"Eu não sei se tem algum time que ganhou as últimas quatro partidas no Brasileiro seguidas. Talvez tenha que olhar aqui na tabela pra saber. Nós ganhamos as últimas três e empatamos hoje. Então nós fizemos dez pontos em 12 disputados. Tem gente que deve estar oscilando mais que a gente. Na temporada o São Paulo chegou em todos os jogos nas finais e com exceção da Copa do Brasil. Se vocês acham que isso é oscilação? Eu acho que a gente oscila muito dentro de um mesmo jogo. Isso sim a gente oscila bastante. Nem sempre consegue repetir bons jogos, mas é um time que compete quase sempre dentro do seu limite, dentro da sua capacidade técnica, capacidade de elenco que nós temos", analisou.
O São Paulo fez contra o Atlético-MG sua partida de número 74. O Tricolor vai fechar o ano com 77 partidas disputadas. Além do cansaço físico, o emocional também está pesando.
"Como todo trabalhador em qualquer profissão você também está sujeito à pressão psicológica. As pessoas querem títulos, né? Talvez elas não se preparem para títulos, mas elas sempre querem títulos. E às vezes você se frustra por não ter conseguido na grande oportunidade que teve. Logicamente também existe esse cansaço emocional, não tenha dúvida. Eu acho que pesa um pouco o emocional, mas as pernas pesam mais ainda do que o emocional", ponderou o treinador tricolor.
Além da pressão, o técnico convive com a falta de alternativas no elenco, o que tem aumentado a dificuldade do treinador em mandar a campo o que considera o melhor.
"Chega um momento que não tem muitas trocas. Eu queria poder trocar, colocar dois velocistas, puxar contra-ataque. A opção foi pelo que era possível fazer. Eu não tinha troca na esquerda, nem na direita. O fim da temporada cobra um preço alto, e a gente está sofrendo."
O São Paulo atuou contra o Atlético-MG com nove desfalques. Faltando três jogos para acabar a temporada, Ceni não conta com o retorno dos lesionados. Arboleda, inclusive, foi liberado para treinar com a seleção do Equador, visando a Copa do Mundo.
"Eu trabalho com a hipótese de não voltar ninguém. O campeonato acaba em 11 dias. O Arboleda foi um pedido do treinador do Equador, achei justo o pedido. Ele sempre foi correto, tem um amistoso lá no sábado, pode ser um bom teste para ele. Ele já tem 31 anos. A gente não tem mais retornos, Rodriguinho não treinou esta semana com dor nas costas. O elenco todo foi convocado hoje, menos o Juan. Pode ser que algum tenha melhora e possa treinar quinta-feira", finalizou.
O São Paulo volta a campo no próximo sábado (5), quando terá mais um confronto com um time da parte de cima da tabela. O Tricolor vai até o Rio de Janeiro enfrentar o Fluminense, às 16h30, no Maracanã.
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