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Abel diz que Palmeiras merecia vencer e comemora 'mais um jogo sem perder'

Thiago Braga

Do UOL, em São Paulo

06/11/2022 21h45

Após o empate em 1 a 1 com o Cuiabá, neste domingo, na Arena Pantanal, o técnico Abel Ferreira lamentou o resultado do Palmeiras fora de casa. Para o português, o Verdão criou chances suficientes para sair com a vitória do Mato Grosso. Agora são 21 jogos de invencibilidade no Campeonato Brasileiro, além de não ter sido derrotado nenhuma vez jogando fora de casa nesta edição do torneio.

"Mesmo sofrendo um gol na primeira vez que lá foram, o melhor jogador deles foi o goleiro, esta que é a grande verdade. Vou lembrar de um arremate do López, com rebote do Rony. No segundo tempo, teve o Atuesta na trave, outra do López, mais o gol", analisou o treinador do alviverde paulista.

Já campeão brasileiro, o Palmeiras entrou em campo de uma maneira desinteressada. O Cuiabá aproveitou e saiu na frente logo aos 5 minutos, com Jonathan Cafú. O Verdão só foi entrar no jogo, de fato, no final do primeiro tempo. Mesmo assim, ainda passou alguns apuros. Weverton teve de fazer boas defesas em chute de Deyverson e em cabeçada de Joaquim.

Ao todo, o Verdão teve 67% de posse de bola e chutou 28 vezes ao gol do Cuiabá, com 12 acertando a meta de Walter. O goleiro, inclusive, foi o grande destaque da partida, com sete defesas em arremates de dentro da área.

"Temos de aceitar esse tipo de resultado. Às vezes, estas equipes, já treinei equipes assim, com recursos diferentes dos teus, dão tudo. Infelizmente, este ponto é melhor para o nosso adversário do que para nós, pelo que aconteceu. Fica aqui mais um jogo sem perder, mas poderíamos ter ganho este jogo."

No segundo tempo, o Palmeiras enfim saiu para exercer sua superioridade técnica em campo. Desde o início da etapa final obrigou Walter a trabalhar. O arqueiro fez ótimas defesas em chutes de Atuesta e López, mas aos 30 minutos soltou bola que López colocou para dentro para empatar a partida.

"Jogamos contra uma equipe organizada, competitiva e que vinha de um resultado muito positivo, moralizador. Mas a verdade é que o Palmeiras tem outros recursos. Muito honestamente, poderíamos ter vencido este jogo. Mas temos de lembrar do adversário, o quanto correu, o quanto significava este jogo para eles, disse isso para os nossos jogadores. Sabíamos que era um time competitivo", finalizou o comandante palmeirense.

O Palmeiras volta a campo na próxima quarta-feira (9), no Allianz Parque, diante do América-MG.

Veja outros trechos da coletiva de Abel Ferreira

Recordes

"Eu vou dizer o que disse aos jogadores cinco minutos antes de irmos para o jogo: eu trabalho com gente de norma e caráter, que merece tudo de bom nessa vida. A única coisa que peço é que sejam responsáveis, dê o melhor de si, seja rigoroso. Resultado é consequência

"Nossa equipe joga bonito? Não. Nossa equipe joga muito bem. Uma equipe que sabe interpretar todos os momentos do jogo. Isso me deixa confiante. Além de grandes homens, sabem que têm alguém em que podem confiar."

Ataque

"Fomos buscar um jogador jovem, num clube com objetivos diferentes [dos nossos]. É preciso trabalhar a parte mental, com uma exigência completamente diferente. [Precisa] entender o que significa jogar no Palmeiras. [López] assinou por quatro ou cinco anos, vou dar esse tempo. Não esperava nos primeiros seis meses que abrisse a caixa. De três, fez uma. É criar e fazer. Temos margem e espaço para jogadores desse tipo. Confiar e treinar eles."

"Posso estar enganado, mas somos a equipe do Brasileirão das Séries B, C, [com ataque] mais jovem. Endrick, 16 (anos), Navarro, 22, López, 21. O que temos aqui e o que os rivais têm: potencial e margem de crescimento. O principal é apresentar resultados. Valorizar o plantel. Valor do plantel. O dinheiro que ganhamos, os títulos, valorização dos jogadores. As vagas estão todas preenchidas. Não quero mais nenhum centroavante. Mais nenhum"

Técnico da seleção brasileira?

"Olha, a única possibilidade que existe é aquela que eu tenho. Sou o treinador do Palmeiras com muito orgulho. E sobre esse assunto, eu acho que eu já falei. O nosso português é igual. Não eras tu que fez essa pergunta, [mas] é só puxar a cassete atrás das vezes que me fizeram essa pergunta. Umas eu não respondi, outras respondi. Estou muito feliz onde eu estou. Sou muito de coração e de emoção. Portanto, estou muito bem onde eu estou. O futuro eu costumo dizer que tem que ser tudo no tempo de Deus. E eu acredito muito nisso. Tudo no tempo de Deus. E depois é viver o aqui e o agora. Eu não gosto muito de pensar no que vai acontecer no futuro. Isso cria muita ansiedade. A gente não sabe se acontece. Se vai ganhar o jogo. Se vai ser campeão. Se não vai. Aqui e agora é assim que eu vivo a minha vida. Aqui e agora dar o melhor de mim com os recursos que tenho. Umas vezes dá para ganhar. Outras vezes dá para tentar. Outras vezes vai dar para perder. E quando é para perder, nós vamos continuar o nosso caminho como sempre fazemos com as regras das vinte e quatro horas. O nosso desafio agora é fazer o mesmo, mas melhor. Este vai ser um mantra o mesmo mas melhor. Este é o nosso mantra."

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