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Brasileirão - 2022

Pressão: o que Atlético-MG e Botafogo precisam por vaga na Libertadores

Jair, do Atlético-MG, disputa a bola na partida contra o Botafogo, pelo Brasileirão - Thiago Ribeiro/AGIF
Jair, do Atlético-MG, disputa a bola na partida contra o Botafogo, pelo Brasileirão Imagem: Thiago Ribeiro/AGIF

DO UOL, no Rio de Janeiro e em Belo Horizonte

07/11/2022 04h00

Falta pouco para o fim do Campeonato Brasileiro e as definições das vagas para a Libertadores começam a afunilar. Hoje (7), Atlético-MG e Botafogo fazem confronto importante fechando a 36ª rodada na tentativa de se fortalecerem nessa disputa. O jogo será às 20h (de Brasília), no Mineirão.

O Atlético é o atual oitavo colocado, com 52 pontos, e se beneficiou de resultados ruins de São Paulo (9º, com 51), Fortaleza (10º, com 49) e Santos (12º, com 47). Se vencer, o Galo vai a 55 pontos e sobe para a sexta posição. Desta forma, só precisaria de mais três pontos em duas rodadas para se garantir, já que o São Paulo só pode atingir 57 no máximo. De acordo com o departamento de matemática da UFMG, o clube mineiro tem 75,3% de chances de classificação.

O caso do Botafogo é bem mais complicado. O Alvinegro está em 11º lugar atualmente, com 47 pontos. Nos últimos anos, o oitavo colocado somou 53 pontos em 2021, 54 em 2020, 56 em 2019 e 53 em 2018. Além de vencer todas as partidas restantes, os cariocas também precisam de uma combinação grande de resultados. O departamento de matemática da UFMG dá apenas 12,6% de chances de classificação.

Se vencer três vezes, algo inédito neste Brasileirão, o Botafogo precisaria que o Galo, no máximo, vencesse uma e empatasse a outra partida restante, mesmo caso do São Paulo. Neste cenário, o Fortaleza poderia até vencer os dois compromissos restantes, que não o ultrapassaria. Já o América-MG só terminaria na frente, brigando pela última vaga direta.

Se ganhar só duas, a probabilidade cai bastante. Atlético-MG, São Paulo e América-MG não poderiam mais vencer e o Fortaleza teria que, no máximo, vencer uma e empatar a outra. Além dos mineiros, o Botafogo também enfrenta o Santos e o Athletico-PR antes do fim da temporada.

Pressão

Internamente, o Atlético não trabalha com a possibilidade de não estar na disputa da Libertadores do ano que vem —o que seria considerado um fracasso pelo investimento na equipe e por tudo que essa mesma base conquistou em 2021.

Em setembro, após a derrota do Atlético para o Avaí, o diretor de futebol do Galo, Rodrigo Caetano, concedeu uma entrevista coletiva na qual reforçou que a briga pela Libertadores era avaliada como pouco para um ano em que o clube almejava muitos outros objetivos.

"É pouco pelo investimento, é pouco pelas condições que nos são dadas, é pouco pela torcida que temos, é pouco pelo que elenco, comissão técnica já conquistou", disse na ocasião.

O clube se prepara para inaugurar seu próprio estádio em 2023 e o planejamento passa por estar presente na competição continental no primeiro ano de vida da nova casa.

Botafogo vive expectativa

No primeiro ano como SAF, o Botafogo nutriu a esperança de ser mais competitivo e brigar por uma vaga na Libertadores, mas se complicou ao longo do caminho. O Alvinegro só está a frente de Ceará e Juventude entre os mandantes da Série A, com 19 pontos conquistados em 54 possíveis.

Como visitante, porém, o Glorioso é indigesto. Terceiro que mais conquistou pontos longe de seus domínios, atrás apenas do campeão Palmeiras e do Fluminense. Desta forma, a expectativa acabou aumentando.

A torcida esperava ter visto um time mais competitivo depois das primeiras promessas de John Textor, dono de 90% do clube. Entretanto, na primeira temporada ainda não foi possível ver a equipe estrelada. A melhor contratação foi Tiquinho Soares, decisivo nessa reta final.