Classificação e Jogos
A lista de 26 jogadores convocados pelo técnico Tite passou quase ilesa de críticas a não ser pela presença de Daniel Alves, jogador de 39 anos e que não conseguiu se sair bem nas últimas temporadas em que atuou pelo São Paulo, pelo Barcelona e pelo Pumas, no México. Para Walter Casagrande Jr, o lateral é o único jogador que o treinador da seleção brasileira não teve argumentos para levar à Copa do Mundo no Qatar.
No UOL News Esporte, ao lado de Domitila Becker e Rafael Oliveira, Casagrande afirma que quando é necessário justificar a presença, como é o caso de Daniel Alves, há um sinal de que a convocação é duvidosa, apontando que não é um caso de merecimento do jogador e acaba soando um desrespeito aos demais atletas que atuam na mesma função.
"Critério para convocar jogadores de seleção brasileira ou para você contratar um jogador para um clube é em cima do rendimento desse jogador, então o Tite não tem esse argumento, não tem esse critério de falar 'estou convocando porque o Daniel está em um ritmo muito alto', porque não é verdade".
"A minha contestação em cima da convocação do Daniel Alves é que ele não está jogando bem há um bom tempo, saiu mal do São Paulo, saiu mal do Barcelona e acabou o campeonato mal no Pumas, no México. Onde está o rendimento? O Tite ontem não deu os critérios para convocar o Daniel Alves, ele deu justificativas, quando você justifica uma convocação, essa convocação é duvidosa", completa.
Veja o que mais rolou de interessante na opinião dos comentaristas do UOL:
Rafael Oliveira: Daniel Alves pode ser útil em um cenário muito específico
Daniel Alves não fez por merecer estar na lista da Copa do Mundo na opinião de Rafael Oliveira, mas ele argumenta que a falta de alternativas pesou a favor do jogador, que pode ser útil em algumas ocasiões, mas a princípio deve largar como apenas a terceira opção do técnico Tite para a lateral.
"Se você pega um jogo que tem a pressão de criar, sai atrás no placar, tem um jogador a mais, enfrenta uma seleção mais fraca e não consegue chegar ao gol, o jogo pode pedir um jogador com qualidade e capacidade de armação, de construção a partir da lateral. Não apaga que a avaliação de que o Daniel Alves não fez por merecer estar na Copa, são duas coisas diferentes. Ele pode ser útil em um cenário muito específico".
Rafael Oliveira: Tite poderia admitir que o critério não é o mesmo
Casagrande considera que Daniel Alves teve privilégio com Tite por não estar atuando em alto nível no momento da convocação para a Copa do Mundo e Rafael Oliveira concorda, apontando que o treinador da seleção brasileira poderia simplesmente admitir que adotou um critério diferente para contar com o experiente jogador no Qatar, em vez de argumentar que as regras são iguais para todos.
"Um erro para mim do Tite é usar o argumento de que o critério é o mesmo ou de que segue uma mesma linha de critério, porque não teria problema na minha visão ele falar que é outro critério, chegar e falar 'esse aqui é porque eu confio, já rendeu bem comigo e na hora do jogo grande, eu prefiro acreditar nele'. O que não dá é para imaginar que ele está sendo avaliado pela mesma lista de tópicos dos outros jogadores".
Casagrande: Falar em Endrick na Copa não dá nem para discutir
Destaque nos primeiros jogos como profissional atuando com a camisa do Palmeiras, Endrick foi apontado por Ronaldo Fenômeno como uma possibilidade de ir ao Qatar com a seleção brasileira para ganhar experiência, como ocorreu com o próprio ex-jogador em 1994. Para Casagrande, a comparação não faz sentido e é preciso ter paciência como Abel Ferreira está tendo para escalar o jogador no clube.
"Eu já achava absurdo falar que o Endrick tinha que ser titular do Palmeiras, falar que ele tinha que ir para a Copa então não da nem para discutir. O Pelé foi, mas era o Pelé. O outro argumento é fazer como fez com o Ronaldo em 1994. Gente, o Ronaldo em 1994 já era titular um ano e meio do Cruzeiro, já tinha disputado o Campeonato Brasileiro, tinha feito uma pancada gols no Campeonato Brasileiro, fez gols contra o Bahia, contra o Flamengo, eu joguei contra o Ronaldo".
Rafael Oliveira: Eu não também não levaria o Gabigol
Um nome que ficou de fora da Copa do Mundo foi o de Gabigol, do Flamengo, que Casagrande convocaria por ser um jogador de gols em jogos decisivos, mas Rafael Oliveira acredita que o jogador tenha tido azar no final do ciclo devido aos aparecimento de outras opções e hoje também não estaria em sua lista para a seleção brasileira.
"Gabigol virou grande ídolo do futebol brasileiro, o jogador que mais decide na América do Sul quando a gente fala de atacante. Se a gente pega o que ele faz, ele faz por merecer uma oportunidade na Copa do Mundo como recompensa ao ciclo dele, mas entendo não levar e eu não levaria porque acho que o Brasil tem outras opções e enxergo o Pedro muito mais como esse cara que casa como uma necessidade para determinados momentos".
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