Tribunal do Esporte confirma Equador na Copa após caso Byron Castillo
Classificação e Jogos
No início da tarde de hoje (8), o Tribunal Arbitral do Esporte (TAS, em inglês), confirmou que a seleção equatoriana poderá disputar normalmente a Copa do Mundo no Qatar, daqui a 12 dias, mas terá 3 pontos subtraídos nas próximas Eliminatórias Sul-Americanas. Os equatorianos abrem o principal torneio de futebol do mundo enfrentando os donos da casa no próximo dia 20, às 13h de Brasília, no Al Bayt Stadium. A sentença veio após apelação da seleção chilena, que foi ouvida pelo tribunal no último dia 5.
O Chile entrou com o recurso no TAS no fim de setembro, junto com o Peru, que ficou em quinto nas Eliminatórias Sul-Americanas, mas caiu na repescagem para a Austrália. Na Fifa, a decisão foi favorável ao Equador. No dia 12 de setembro, o jornal "Daily Mail", da Inglaterra, divulgou um áudio supostamente de Byron Castillo alegando a irregularidade com sua documentação.
Relembre o caso
Os chilenos entraram com um processo na entidade máxima do futebol após documentos indicarem que Byron Castillo possa ter falsificado certidões que comprovariam que o jogador teria nascido no Equador. A Fifa analisou os registros para dar uma sentença sobre o caso, mas deu razão aos equatorianos. Confira a sequência dos acontecimentos:
- Jogos pelo Equador: no dia 2 de setembro de 2021, Byron Castillo estreou com a camisa da 'La Tri' e jogou os 90 minutos em duelo válido pelas Eliminatórias da Copa do Mundo, contra o Paraguai. Ao todo, o lateral participou de oito jogos do torneio, inclusive sendo dois contra o Chile. Ele foi convocado pelo técnico Gustavo Alfaro após se destacar pelo Barcelona de Guayaquil.
- Acusação de falsificação de documentos: no início de maio de 2022, o Chile entrou com uma ação na Fifa alegando suposta falsificação de documentos relacionados ao jogador Byron Castillo. Segundo os acusadores, o atleta teria nascido na Colômbia e falsificado a sua idade.
- Abertura da investigação: no dia 11 de maio, a Fifa decidiu abrir investigação para apurar a denúncia feita pelo Chile. A possível condenação faria com que o Equador perdesse os pontos conquistados nas oito partidas em que Byron Castillo foi escalado. Com isso, o Chile poderia ultrapassar a 'La Tri' na classificação e ir direto para o Mundial.
- Resposta do Equador: sem se aprofundar no caso, a Federação Equatoriana de Futebol afirmou à Fifa que não havia nenhuma irregularidade na documentação do lateral e que não havia motivo para punições.
- Documentos em jogo: o jornal espanhol "Marca" conseguiu ter acesso a documentos, já em posse da Fifa, que comprovam que uma pessoa com o nome de Bayron Javier Castillo Segura, que seria irmão mais velho de Byron David, teria sido batizado em 1995 na Diocese de Tumaco, na Colômbia. Um segundo documento, apresentando pelos equatorianos, se refere ao registro de Byron David Castillo Segura, em 1998, em General Villamil, também conhecida como Playas, no Equador.
- Alegação da defesa: o Equador alega que Byron David Castillo Segura teria tido um irmão mais velho nascido com o nome de Bayron Javier Castillo Segura, mas que este teria falecido.
- Advogado ao ataque: Eduardo Carlezzo, advogado de defesa da Associação Nacional de Futebol Profissional do Chile (ANFP), negou que Byron Castillo tenha tido um irmão nascido na Colômbia e afirmou ter provas sobre a fraude do Equador.
- Recusas da Fifa: a entidade máxima do futebol julgou o caso em junho e deu razão ao Equador. O Chile, entretanto, recorreu da decisão, mas viu a Fifa manter a escolha em setembro. E hoje o Tribunal do Esporte confirmou a decisão da Fifa e manteve os equatorianos na Copa.
O que diz a defesa da Federação Chilena
Desde o momento em que assumi este caso, estávamos convencidos de que a FEF era culpada de um encobrimento deliberado da documentação pessoal de Byron Castillo. Hoje, o CAS reconheceu a falsificação, reconheceu que ele nasceu na Colômbia e finalmente as sanções foram impostas contra o Equador. No entanto, estamos satisfeitos por ver alguma justiça, mas decepcionados com o nível de sanções, pois elas não enviam uma mensagem forte o suficiente para a comunidade do futebol.
Eduardo Carlezzo, advogado
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