Ano ruim custa caro e Atlético-MG perde mais de 30 mil sócios em sete meses
Em abril, poucos dias depois de conquistar o Campeonato Mineiro, o Atlético-MG comemorou a marca de 130 mil sócios. Naquele momento o Galo era visto como um dos favoritos aos grandes títulos da temporada, afinal de contas o time alvinegro vinha de conquistas nacionais: Supercopa do Brasil, em fevereiro, e Campeonato Brasileiro e Copa do Brasil, ambos em 2021. Mas a equipe não correspondeu em campo, pelo contrário, o Atlético acumulou derrotas, foi eliminado nos torneios mata-mata e nem sequer brigou pelo topo do Brasileirão. A resposta dos torcedores é vista pelo clube na queda no número de sócios, que está abaixo de 100 mil.
Com um elenco forte e uma torcida empolgada, a diretoria alvinegra traçou a meta de faturar R$ 30 milhões brutos através do programa de sócio-torcedor em 2022. Mais do que o dobro do que arrecadou na temporada anterior. No ano passado, o Galo teve faturamento bruto de R$ 12,9 milhões com os sócios.
A queda no número de adimplentes tem impacto direto nas finanças do Atlético, que tem seis planos diferentes à disposição do torcedores, com valores mensais que vão de R$ 10 até pouco mais de R$ 125 (exclusivo para torcedores que moram fora do Brasil).
O recuo no número de sócios começou em julho, quando o time ainda estava nas primeiras colocações do Brasileiro, mas não fazia bons jogos. Foi nesse mês que aconteceu a eliminação para o Flamengo, nas oitava de final da Copa do Brasil. Mas ainda assim o número seguia muito próximo dos 130 mil. Em agosto, após a eliminação na Libertadores, para o Palmeiras, o Atlético tinha pouco mais de R$ 125 mil sócios em dia.
Foi a partir de setembro que começou uma verdadeira debandada entre os associados do Galo, com menos de 120 mil adimplentes. Sem uma reação do time em campo e com a chance real de não jogar a próxima edição da Copa Libertadores, o Atlético voltou para uma marca inferior a 100 mil sócios nesta quarta-feira (9). Eram 99.174 adimplentes no fim da tarde.
Reflexo na venda de ingressos
A queda no número de sócios impacta diretamente na venda de ingressos. Com a baixa na procura, o Atlético teve de abaixar os preços das entradas. Como efeito de comparação, o bilhete mais barato para o primeiro jogo do ano no Mineirão, contra o Patrocinense, pelo Mineiro, custou R$ 45 para o sócio. Já para o confronto desta quinta-feira, pelo Cuiabá, pela 37ª rodada do Brasileirão, no último jogo do Galo em casa em 2022, esse mesmo sócio vai pagar R$ 25 pelo ingresso do mesmo setor.
De acordo com o orçamento do Atlético para a temporada a previsão de faturamento com bilheteria foi de R$ 53 milhões, mas certamente esse número não será alcançado. Restando um jogo como mandante para fechar o ano, o Galo arrecadou R$ 41,5 milhões. Para o duelo diante do Cuiabá, o Mineirão será aberto para apenas 35 mil pessoas.
ID: {{comments.info.id}}
URL: {{comments.info.url}}
Ocorreu um erro ao carregar os comentários.
Por favor, tente novamente mais tarde.
{{comments.total}} Comentário
{{comments.total}} Comentários
Seja o primeiro a comentar
Essa discussão está encerrada
Não é possivel enviar novos comentários.
Essa área é exclusiva para você, assinante, ler e comentar.
Só assinantes do UOL podem comentar
Ainda não é assinante? Assine já.
Se você já é assinante do UOL, faça seu login.
O autor da mensagem, e não o UOL, é o responsável pelo comentário. Reserve um tempo para ler as Regras de Uso para comentários.