Ricardo Rocha relembra crise no Cruzeiro antes de SAF: 'não tinha água'
Se em 2022 o Cruzeiro foi dominante na Série B e conquistou o acesso para a elite do futebol brasileiro com seis rodadas de antecedência, o cenário era bem diferente no ano passado. Isso é o que Ricardo Rocha, ex-coordenador técnico do clube, contou em entrevista ao podcast "Reis da Resenha", da Jovem Pan Esportes.
O ex-zagueiro revelou que, entre agosto e dezembro de 2021, precisou recorrer ao patrocínio de uma empresa de apostas esportivas e de um amigo particular para dar aporte financeiro à Raposa.
"Eu coloquei R$ 10 milhões no Cruzeiro, porque consegui o patrocínio da Pixbet", iniciou Rocha, que disse haver uma falta de água e comida para os funcionários no período em questão.
"O time ia para a terceira divisão. Jogadores abandonados, cinco meses de salário atrasado, não tinha comida... Vanderlei foi um monstro [...] No Cruzeiro, tinha um momento que não tinha água. Eu consegui seis mil águas, oito, onze, de um amigo meu. A vida do Cruzeiro era difícil", completou.
Após Ronaldo Nazário anunciar a compra de 90% das ações da Sociedade Anônima do Futebol (SAF) do Cruzeiro, em dezembro, toda a equipe de coordenação foi dispensada - isso inclui Ricardo Rocha e o treinador Vanderlei Luxemburgo.
"Recebemos a notícia depois do dia 25 (de dezembro): 'Não vamos ficar mais com vocês'. E do pessoal do Ronaldo, ninguém falou com a gente. Aí falaram: 'Em um mês vamos acertar'... esperei um mês e nada. O cara da SAF me ligou e disse que não sabia como resolver. Aí eu botei na Justiça", explicou.
Em fevereiro, Rocha acionou o Cruzeiro na Justiça do Trabalho e conseguiu ganhar o processo em duas instâncias, mas ainda não recebeu toda a quantia que foi acordada, conforme dito pelo próprio dirigente na entrevista.
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