Seleção terá 10 dias de preparação para Copa; treino pesado, só na quarta
Classificação e Jogos
A realização da Copa do Mundo no meio da temporada traz uma rotina diferente para a semana de preparação da seleção brasileira, na comparação com Mundiais anteriores.
O torcedor mais atento deve ter se acostumado com as cenas de jogadores na esteira, cheio de eletrodos, conectados a aparelhos modernos, que fornecem índices minuciosos sobre os corpos de quem pratica esporte de alto rendimento. Neste ano, a ciência segue como aliada. A comissão técnica quer os jogadores "fresh" — termo em inglês que remete ao frescor —, mas o tempo e a condição física dos convocados demandam uma abordagem diferente.
São 10 dias entre a apresentação de amanhã (14) para os treinos em Turim, na Itália, e a estreia no Qatar, diante da Sérvia. Antes de chegar a Doha, o Brasil usará o CT da Juventus como base.
Além disso, a realização da Copa do Mundo entre novembro e dezembro faz com que o Mundial seja uma extensão do ritmo de competição dos clubes. Quem atua na Europa, está no meio da temporada. Os brasileiros, por sua vez, precisam lidar com o ônus de um ano inteiro de trabalho. Na seleção brasileira, a maioria (23 dos 26) se encaixa no primeiro cenário.
De todo modo, os primeiros dias em Turim servirão como "detox", numa tentativa dos preparadores físicos e fisiologistas da seleção de deixar os jogadores à disposição de Tite em condições similares, independentemente de onde tenham vindo.
Nos primeiros dias, a estratégia é reduzir a carga de trabalho para que na quarta-feira Tite consiga dar um treino mais robusto no campo.
"Não existe grupo homogêneo, as pessoas são diferentes. Mas quero deixá-los fresh, limpos, a partir de quarta-feira. Com certeza quarta-feira todos no campo", disse o preparador físico Fábio Mahseredjian.
Há dois jogadores que reservam um cuidado maior da comissão técnica, porque vieram de lesões recentes e ainda não têm tantos minutos em campo desde então: o meia Lucas Paquetá e o atacante Richarlison.
O primeiro voltou a atuar no domingo passado, após período afastado por lesão no ombro. O segundo participou de cerca de meia hora da derrota do Tottenham para o Nottingham Forest, na quarta-feira.
"Talvez o Richarlison chegue e faça mais um exame só para controle, para a gente ajustar treino com a comissão técnica. Não vale a pena refazer os exames todos porque eles já estão no meio da temporada. Geralmente, a gente faz isso antes da Copa porque é um reinício de 15 dias de treinamento. Agora, vamos mais para orientar a preparação física com alguns testes de força. A prioridade, acredito, é técnico/tático", explica Guilherme Passos, fisiologista da seleção, ao UOL Esporte.
A seleção programou um treino por dia no CT da Juventus até sexta-feira. No sábado, a delegação viaja para o Qatar e deve chegar no hotel por volta de 23h30 do horário local (17h30, de Brasília). A estreia contra a Sérvia, dia 24, será às 16h (de Brasília), no estádio Lusail.
Mas o trabalho de quem supervisiona a parte física da seleção não se restringe ao período que antecede a Copa. Como a duração do Mundial no Qatar será dois dias menor, o intervalo entre jogos também será reduzido. O segundo jogo do Brasil, contra a Suíça, já acontece no dia 28. Haverá um foco significativo na recuperação dos atletas, momento em que os fisioterapeutas e massagistas entrarão em ação para manter todo mundo "fresh" pelo maior tempo possível.
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