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'Bicho pega no treino', mas para jogadores da seleção isso é normal

Vini Jr durante treino da seleção brasileira no CT da Juventus - Lucas Figueiredo/CBF
Vini Jr durante treino da seleção brasileira no CT da Juventus Imagem: Lucas Figueiredo/CBF

Do UOL, em Turim

17/11/2022 15h17

Classificação e Jogos

Nada de caneleiras. Tem carrinho, pisão acidental, choques e confrontos. O treino da seleção brasileira pode assustar quem não está acostumado. É a preparação para a Copa do Mundo e há risco de lesão. Na visão dos jogadores brasileiros, no entanto, a situação vista no campo do CT da Juventus, em Turim, é normal.

"O bicho pega no treino (risos). Mas é tudo 100% leal", diz o zagueiro Marquinhos.

Ao longo da semana, uma foto de um carrinho de Dani Alves em Pedro virou assunto nas redes sociais. O atacante considerou o choque como "lance de jogo". No dia seguinte, atendimentos médicos durante o treino para Alex Telles e Bruno Guimarães. Nada mais grave, mas ninguém quer tirar o pé do acelerador da intensidade das atividades programadas por Tite até a Copa do Mundo.

"Na Europa treinamos assim também, isso te dá consciência de ser leal, de não dar o bote quando está atrasado, ajuda bastante. Por isso, treinamento sem caneleira e proteção. Mas penso que nos treinos sempre procuramos fazer o nosso máximo. Todos que chegam aqui querem mostrar trabalho, que estão bem, e a intensidade dos treinos é muito grande", acrescentou Marquinhos.

Já o atacante Rodrygo contou que lembra que a questão da competitividade com lealdade é incentivada pelo próprio Tite.

"A gente lida da forma mais natural possível. O nosso treinador deixou isso muito claro, sempre, que nosso treinamento tem que ser competitivo e com lealdade. Claro, um lance ou outro é normal passar um pouco do ponto, mas todos estão cientes que não podemos perder jogadores, sabemos da importância de todos, então estamos lidando da forma mais tranquila esse assunto", disse o jogador.

Curiosamente, na entrevista coletiva hoje (17), o jogador do Real Madrid citou o temor de sofrer lesões em partidas do Campeonato Espanhol.

"Eu tentava me concentrar ao máximo e não pensar, mas querendo ou não, é impossível. Você vai dividir uma bola e fica com medo, é Copa do Mundo. E na Espanha, nos últimos meses, o pessoal estava chegando firme mesmo. Eu ficava com isso na cabeça de não se machucar, porque poderia perder o meu sonho de disputar a Copa, mas em campo tentamos dar o máximo", explicou Rodrygo, de 21 anos, por questão de meses o segundo mais novo entre os convocados.

A seleção brasileira fará o último treino na Itália na manhã de amanhã (18). A delegação terá folga logo em seguida e se reapresenta no sábado (19), quando viaja ao Qatar. A estreia do Brasil na Copa é em 24 de novembro, contra a Sérvia.