Brasil vai ganhar a Copa? Colunistas do UOL opinam

A estreia do Brasil na Copa do Qatar se aproxima e a seleção encerrou os treinamentos no CT da Juventus, na Itália, nesta sexta-feira (18). A equipe comandada por Tite agora se prepara para viajar para o país do Mundial, onde encerra a preparação para a estreia diante da Sérvia, na quinta-feira (24).

No Esquenta da Copa, os jornalistas Danilo Lavieri, Gabriel Carneiro e Milly Lacombe falaram sobre a possibilidade do Brasil ser campeão na primeira Copa disputada em um país árabe.

"Estou realmente confiante. É um time organizado, bem difícil de ser vazado. Ganhar a Copa não é exatamente tão fácil, mas se eu fosse apostar, eu apostaria que o Brasil será campeão", disse Lavieri. "Eu estou com o Danilo, acho que o hexacampeonato vem. A seleção está bem preparada e conseguiu terminar a semana sem lesão, com os 26 convocados disponíveis", completou Carneiro.

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Por sua vez, Milly Lacombe teve opinião contrária e apontou a falta de um grande líder como motivo. "Lamento dizer que não vai ganhar. É uma Copa com muitas seleções com chances. Acho que uma seleção liderada por Neymar não tem tantas chances. Ele é um craque, mas não uma liderança".

Firmino fora e Vini Jr. na reserva são questionados por estrangeiros

Danilo Lavieri e Gabriel Carneiro contaram como está sendo a troca de informações com a mídia estrangeira. Enquanto, na Itália, os locais e espanhóis acompanham de perto a preparação da seleção brasileira, na sede do Mundial ainda se fala sobre a convocação de Tite.

Carneiro falou que a conversa com a mídia espanhola gira em torno da comparação entre Raphinha e Vini Jr. "Eles ficam abismados do Raphinha ter mais influência na seleção do que o Vini Jr.", disse. No Qatar, Lavieri revelou que a convocação ainda é assunto. "É curioso como o pessoal fala do Firmino, me chama a atenção como o pessoal tem esse apreço, enquanto no Brasil não tem tanta gente assim sentindo tanta falta".

Direto do Qatar, o colunista Danilo Lavieri deu detalhes da força da imagem de Neymar no país-sede da Copa e afirmou que, se tivesse outra postura, o craque do Brasil seria ainda maior.

"O Neymar poderia ser uma figura ainda maior do que é caso tivesse uma postura melhor fora de campo. Se vê foto de Neymar no aeroporto, nos prédios, mas ele poderia ser ainda maior do que é", disse Lavieri.

Milly: Em mundo mais igualitário Neymar não poderia valer tanto

A jornalista Milly Lacombe também criticou o comportamento de Neymar fora de campo e disse que ele é causador, não uma vítima dos seus problemas extracampo. Ela listou polêmicas e controvérsias da carreira do camisa 10 da seleção.

"Neymar é um dos maiores jogadores de todos os tempos, ao mesmo tempo a gente sabe o que ele é fora de campo. Concordo com quase tudo que o Danilo falou, mas eu não diria os problemas que o Neymar enfrenta, e sim os que ele causa. Ele não é vítima, é o causador desses problemas."

"Neymar tem problemas com a Receita, Neymar apoiou e fez campanha para um presidente de extrema-direita, que vai ser julgado por crimes contra a humanidade, o Neymar foi acusado de violência sexual, a Nike rompeu com ele por isso, não a acusação que ele foi inocentado, mas a acusação que a Nike quis investigar e o Neymar não colaborou, então é difícil separar as coisas. Como mulher e cidadã pega num lugar mais fundo, num mundo mais justo e igualitário ele não poderia valer tanto", disse Milly.

Milly: 'Copa do Qatar é para homens heterossexuais'

A torcida argentina presente no Qatar foi destaque negativo ao cantar uma música racista e transfóbica contra o astro francês Kylian Mbappé. A jornalista Milly Lacombe repudiou o fato e disse que a ação é um reflexo da escolha do Qatar para sediar o Mundial.

"Na hora que o Qatar, esse país que desrespeita todos os direitos humanos, é escolhido, é claro que esse torcedor vai se sentir em casa e é para lá que ele vai. É uma Copa para homens heterossexuais. Todas são, mas essa é mais", disse.

Confira o Esquenta da Copa na íntegra