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Ex-presidente do Santos é preso em operação da Polícia Civil

Orlando Rollo ficou três meses na presidência do Santos - Ivan Storti/Santos FC
Orlando Rollo ficou três meses na presidência do Santos Imagem: Ivan Storti/Santos FC

Do UOL, em São Paulo

18/11/2022 09h01Atualizada em 18/11/2022 13h08

Ex-presidente do Santos, Orlando Rollo foi preso na manhã desta sexta-feira (18) em Santos, no litoral paulista. O ex-dirigente do Peixe foi detido pelo Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado (Gaeco), do Ministério Público do Estado de São Paulo, por suposto envolvimento com o tráfico de drogas e e crimes contra administração pública.

A operação realizada nas primeiras horas do dia tinha seis ordens de prisão, sendo quatro policiais civis. Orlando Rollo é um deles e foi levado para a Corregedoria da Polícia Civil, em Santos. A investigação que tem participação da Polícia Federal corre em segredo de Justiça e mais detalhes não serão divulgados.

Orlando Rollo foi candidato a vice-presidente do Santos na chapa que tinha José Carlos Peres como presidente. Eles venceram a eleição disputada em 2017. Rollo chegou à presidência do Peixe em setembro de 2020, após impeachment; Foram apenas três meses na presidência do clube alvinegro, até o cargo ser ocupado por Andres Rueda, vencedor do pleito realizado em dezembro de 2020.

"Uma investigação feita pelo Ministério Público, que não tivemos acessos aos autos ainda. Teremos durante o curso do dia. Vão passar por uma audiência de custódia ainda no período da manhã e, em seguida, terei acesso ao conteúdo probatório. Sabemos, unicamente, que é algo relacionada a uma investigação feita por eles e uma grande apreensão de substância entorpecente. Participaremos da audiência de custódia, ainda no período da manhã, e vamos tentar a revogação da prisão.", disse o advogado Armando de Mattos Júnior.

Segundo Armando de Mattos Júnior, os policiais não foram ouvidos, o que levou o advogado a fazer críticas.

"Eles não alegaram nada porque pedimos a oitivas deles e foi negada. Eles não foram ouvidos. Tudo isso será passado ao poder judiciário. eles querem falar e não foram ouvidos". O mais importante era a oitiva, para que contassem a versão, e isso não foi oportunizado. Trata-se de um absurdo", afirmou.

Polêmica nos três meses como presidente do Santos

Robinho posou com a camisa do Santos ao lado do Orlando Rollo, então presidente do Santos - Reprodução - Reprodução
Robinho posou com a camisa do Santos ao lado do Orlando Rollo, então presidente do Santos
Imagem: Reprodução

Foram pouco mais de 100 dias na presidência do Santos, um tempo curto, mas o suficiente para Orlando Rollo se envolver em uma grande polêmica. Em outubro de 2020 o então presidente do Peixe acertou o retorno de Robinho ao clube. O atacante estava condenado à prisão na Itália "violência sexual em grupo". Como a decisão era em 1ª instância e o jogador recorreu, Rollo acreditava na inocência de Robinho. O que não se confirmou posteriormente.

A atitude de Rollo teve um custo financeiro para o Santos, que perdeu um de seus patrocinadores. A Orthopride, empresa de ortodontia, rompeu contrato com o clube paulista, que também se viu pressionado pelas demais empresas que tinha algum vínculo com o Peixe.

O contrato de Robinho foi suspenso e, no fim, o ex-atacante nem sequer voltou a jogar pelo Santos.

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