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OPINIÃO

Lavieri: Neymar seria ainda maior se tivesse outra postura fora de campo

Colaboração para o UOL

18/11/2022 20h14Atualizada em 18/11/2022 22h17

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Reportagem especial do UOL Esporte desta sexta-feira (18) mostra que a "marca Neymar" vale hoje mais de R$ 1 bilhão. A matéria detalha como desde que chegou ao PSG, clube ligado ao Qatar, o craque da seleção brasileira recebeu uma fortuna dos cofres árabes para ser o rosto da Copa 2022.

No Esquenta da Copa, o jornalista Danilo Lavieri relatou como está o clima no Qatar a dois dias da abertura do Mundial e afirmou que, apesar da força da imagem da estrela do PSG no país sede, Neymar poderia ser ainda maior não fosse seu comportamento fora de campo.

"O Neymar poderia ser uma figura ainda maior do que é, caso tivesse uma postura melhor fora de campo, dentro de campo ele é gênio, o melhor jogador que a gente tem, então poderia ser melhor explorada a imagem do Neymar caso ele tivesse uma equipe melhor do que ele tem hoje."

"Esse problemas que o Neymar enfrenta fora de campo refletem muito mais no Brasil do que no torcedor internacional. Até sabe sobre o problema com o Tribunal da Espanha, dos problemas com a Receita no Brasil, mas isso não afeta tanto a imagem dele como no Brasil. Se vê foto de Neymar no aeroporto, nos prédios, mas ele poderia ser ainda maior do que é", disse Lavieri.

Milly: Em mundo mais igualitário Neymar não poderia valer tanto

A jornalista Milly Lacombe também criticou o comportamento de Neymar fora de campo e disse que ele é causador, não uma vítima dos seus problemas extracampo. Ela listou polêmicas e controvérsias da carreira do camisa 10 da seleção.

"Neymar é um dos maiores jogadores de todos os tempos, ao mesmo tempo a gente sabe o que ele é fora de campo. Concordo com quase tudo que o Danilo falou, mas eu não diria os problemas que o Neymar enfrenta, e sim os que ele causa. Ele não é vítima, é o causador desses problemas."

"Neymar tem problemas com a Receita, Neymar apoiou e fez campanha para um presidente de extrema-direita, que vai ser julgado por crimes contra a humanidade, o Neymar foi acusado de violência sexual, a Nike rompeu com ele por isso, não a acusação que ele foi inocentado, mas a acusação que a Nike quis investigar e o Neymar não colaborou, então é difícil separar as coisas. Como mulher e cidadã, pega num lugar mais fundo, num mundo mais justo e igualitário ele não poderia valer tanto", disse Milly.

Copa do Qatar é para homens heterossexuais, critica Milly

Parte da torcida argentina no Qatar foi o destaque negativo do dia ao cantar uma música racista e transfóbica para o astro francês Kylian Mbappé. Milly repudiou o fato e disse que a ação reflete também a escolha do país para sediar o Mundial.

"Na hora que o Qatar, esse país que desrespeita todos os direitos humanos, é escolhido, é claro que esse torcedor vai se sentir em casa e é para lá que ele vai. É uma Copa para homens heterossexuais. Todas são, mas essa é mais", disse.

Firmino fora e Vini Jr. na reserva são questionados por estrangeiros

Danilo Lavieri, direto do Qatar, e Gabriel Carneiro, de Turim, na Itália, onde o Brasil faz sua preparação, deram bastidores do contato com a mídia estrangeira. Carneiro revelou que os espanhóis não entendem Raphinha ser titular e Vini Jr, reserva. "Eles ficam abismados do Raphinha ter mais espaço na seleção do que o Vini Jr."

Já Lavieri relatou que, no Qatar, foi questionado pelos ingleses sobre a ausência de Roberto Firmino da lista de Tite. "É curioso como se fala do Firmino, chama a atenção como o pessoal tem esse apreço, enquanto no Brasil não tem tanta gente assim sentindo falta dele".

Brasil vai ganhar a Copa? Colunistas opinam


Danilo Lavieri, Gabriel Carneiro e Milly Lacombe opinaram se o Brasil será hexacampeão no Qatar. Enquanto os dois primeiros cravaram a seleção no topo, Milly disse que a falta de liderança custará caro. "Lamento dizer que não vai ganhar. Uma seleção liderada por Neymar não tem tantas chances."

Confira o Esquenta da Copa na íntegra