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OPINIÃO

Neymar não poderia valer tanto em mundo mais igualitário, diz Milly

Colaboração para o UOL

18/11/2022 20h56Atualizada em 18/11/2022 22h16

Classificação e Jogos

Reportagem especial do UOL Esporte desta sexta-feira (18) mostra que a "marca Neymar" vale hoje mais de R$ 1 bilhão. A matéria detalha como desde que chegou ao PSG, clube ligado ao Qatar, o craque da seleção brasileira recebeu uma fortuna dos cofres árabes para ser o rosto da Copa 2022.

No Esquenta da Copa, a jornalista Milly Lacombe criticou o comportamento fora de campo do camisa 10 da seleção brasileira, listou polêmicas e controvérsias da carreira do jogador e afirmou que, em um mundo menos desigual, a imagem de um homem como Neymar não poderia valer tanto.

"Neymar é um gênio em campo, um dos maiores jogadores de todos os tempos, ao mesmo tempo a gente sabe o que ele é fora de campo. Eu não diria que o Neymar enfrenta problemas, e sim que ele os causa. Ele não é vítima, é o causador."

"Neymar tem problemas com a Receita, Neymar apoiou e fez campanha para um presidente de extrema-direita, que vai ser julgado por crimes contra a humanidade, o Neymar foi acusado de violência sexual, a Nike rompeu com ele por isso, não a acusação que ele foi inocentado, mas a acusação que a Nike quis investigar e o Neymar não colaborou, então é difícil separar as coisas. Me emociono com o Neymar como jogador, mas como mulher e cidadã pega num lugar mais fundo, num mundo mais justo e igualitário ele não poderia valer tanto", disse Milly.

Lavieri: Neymar seria ainda maior se tivesse outra postura fora de campo

Direto do Qatar, o colunista Danilo Lavieri deu detalhes da força da imagem de Neymar no país-sede da Copa e afirmou que, se tivesse outra postura, o craque do Brasil seria ainda maior.

"O Neymar poderia ser uma figura ainda maior do que é caso tivesse uma postura melhor fora de campo. Se vê foto de Neymar no aeroporto, nos prédios, mas ele poderia ser ainda maior do que é", disse Lavieri.

Copa do Qatar é para homens heterossexuais, critica Milly

Parte da torcida argentina no Qatar foi o destaque negativo do dia ao cantar uma música racista e transfóbica para o astro francês Kylian Mbappé. Milly repudiou o fato e disse que a ação reflete também a escolha do país para sediar o Mundial.

"Na hora que o Qatar, esse país que desrespeita todos os direitos humanos, é escolhido, é claro que esse torcedor vai se sentir em casa e é para lá que ele vai. É uma Copa para homens heterossexuais. Todas são, mas essa é mais", disse.

Firmino fora e Vini Jr. na reserva são questionados por estrangeiros

Danilo Lavieri, direto do Qatar, e Gabriel Carneiro, de Turim, na Itália, onde o Brasil faz sua preparação, deram bastidores do contato com a mídia estrangeira. Carneiro revelou que os espanhóis não entendem Raphinha ser titular e Vini Jr, reserva. "Eles ficam abismados do Raphinha ter mais espaço na seleção do que o Vini Jr."

Já Lavieri relatou que, no Qatar, foi questionado pelos ingleses sobre a ausência de Roberto Firmino da lista de Tite. "É curioso como se fala do Firmino, chama a atenção como o pessoal tem esse apreço, enquanto no Brasil não tem tanta gente assim sentindo falta dele".

Brasil vai ganhar a Copa? Colunistas opinam


Danilo Lavieri, Gabriel Carneiro e Milly Lacombe opinaram se o Brasil será hexacampeão no Qatar. Enquanto os dois primeiros cravaram a seleção no topo, Milly disse que a falta de liderança custará caro. "Lamento dizer que não vai ganhar. Uma seleção liderada por Neymar não tem tantas chances."

Confira o Esquenta da Copa na íntegra