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A última Copa de Messi e CR7

As principais histórias do último mundial dos melhores jogadores do século

Argentina no Qatar: todos jogam por Messi, e Messi joga também por Aguero

Lionel Messi e Sergio Aguero estiveram juntos em três Copas (2010, 2014 e 2018) - Gustavo Pagano/Getty Images
Lionel Messi e Sergio Aguero estiveram juntos em três Copas (2010, 2014 e 2018) Imagem: Gustavo Pagano/Getty Images
e Bruno Andrade

Colunista do UOL, em Doha (Qatar)

19/11/2022 07h00

Classificação e Jogos

Cantos, abraços, lágrimas e uma promessa compartilhada por todos: vai ser por nós e Lionel Messi em 2022. Assim foi o clima no vestiário da Argentina, depois do título da Copa América de 2021, em cima do arquirrival Brasil, em pleno Maracanã.

Nas vozes dos jogadores mais vitoriosos e experientes, entre eles Nicolás Otamendi, Ángel Di María, autor do gol na decisão, e, especialmente, Sergio Aguero, o grupo se fechou de vez em solo brasileiro rumo ao objetivo seguinte: o tricampeonato mundial no Qatar.

Os presentes na comemoração, ainda no Rio de Janeiro, revelam nos bastidores que a sensação de união e confiança estavam ao rubro naquele momento. Não que não existissem antes, mas era um ambiente diferente dos demais. Único. Especial.

O principal alvo durante a euforia coletiva foi Messi, que, aos 34 anos, havia enfim erguido o primeiro troféu pela seleção. Tirou um enorme peso das costas, o que foi nitidamente sentido pelo elenco na reta final da competição.

Mesmo sem ainda ter anunciado que a Copa de 2022 seria a sua última, todos já sabiam da possibilidade. Por isso, começaram ali a preparar e trabalhar uma despedida em grande para Leo. Sergio Aguero, amigo de longa data e companheiro de concentração no Rio, puxou o coro.

Porém, o que começou a ser um comprometimento por Lionel Messi, no fim, se transformou poucas semanas depois numa busca para homenagear o próprio Aguero. Desta vez, quem chamou para si os atos de companheirismo foi o camisa 10 e capitão.

Messi acredita que o eventual sucesso da Argentina em 2022 merece ser dividido com o maior artilheiro da história do Manchester City. Isso porque o goleador, então com 33 anos, precisou abandonar a carreira em dezembro de 2021 e viu frustrado o sonho de disputar a quarta Copa.

Já como jogador do Barcelona, Sergio Aguero, vale lembrar, foi obrigado a pendurar as chuteiras por causa de problemas cardíacos. Parou de jogar, mas não esqueceu completamente o futebol. Continua a acompanhar os passos do grupo liderado por Lionel Scaloni. Está, inclusive, no Qatar. Para talvez confirmar o pacto por Messi... e a promessa feita por Messi.