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Polícia apreendeu R$ 70 mil em local ligado a ex-presidente do Santos

Orlando Rollo, ex-presidente do Santos - Ivan Storti/SantosFC/Flickr
Orlando Rollo, ex-presidente do Santos Imagem: Ivan Storti/SantosFC/Flickr
Thiago Braga

Do UOL, em São Paulo

22/11/2022 04h00

Na operação que resultou na prisão do ex-presidente do Santos Orlando Rollo, na última sexta-feira (18), a Polícia Civil encontrou dinheiro e objetos de Rollo em um imóvel ligado ao ex-mandatário santista.

Segundo o mandado de prisão ao qual o UOL Esporte teve acesso, Rollo, que é policial civil, foi procurado em três endereços distintos em Santos. Em um deles, no bairro do Boqueirão, onde moram a mãe e o irmão, a polícia encontrou R$ 70 mil em um saco de papel que estava no meio das roupas. Segundo a polícia, o armário em que o dinheiro estava continha somente objetos de Rollo.

Além do dinheiro, no local foram apreendidos também um notebook e um aparelho celular, que, segundo a polícia, também seriam do santista. Após esta diligência, a mãe do policial civil indicou o endereço correto dele, que possibilitou a prisão do ex-presidente.

Na residência do ex-dirigente, a polícia apreendeu mais um aparelho telefônico, além de uma pistola Taurus, de uso permitido.

Na audiência de custódia, ele alegou que não tem "ciência dos motivos da sua prisão". O ex-dirigente do Peixe reclamou de ter sido fotografado algemado na viatura, pelo fato de que sua imagem foi exposta na imprensa, uma vez que ele ocupou o principal cargo do Santos. Rollo afirmou não ter sido ouvido pela Corregedoria, o que seria uma violação de um direito.

Agora, Rollo e os outros três policiais presos na semana passada, serão ouvidos pelo Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado), no processo que apura tráfico de drogas e crimes contra a administração pública.

Segundo apurou o UOL Esporte, os quatro agentes da polícia civil são acusados de desviar 700 quilos de cocaína do traficante de drogas Vinicyus Soares da Costa, 33, o Evoque, ligado ao PCC (Primeiro Comando da Capital). De acordo com as investigações, os policiais teriam pedido R$ 5 milhões para liberar a droga para Evoque.

O caso começou em agosto deste ano, quando houve uma apreensão de 900 kg de cocaína na Ilha Barnabé, na Baixada Santista. De acordo com as investigações, o carregamento teria como destino o Rio de Janeiro. Na ocasião, os policiais presos nesta sexta-feira só apresentaram 168 kg da droga como apreendidos.

A operação que prendeu Rollo é um desdobramento de uma ação da Polícia Federal que prendeu três policiais civis da 2ª Delegacia de Combate a Entorpecentes de Santos, acusados de desviar 400 kg de cocaína, na quinta-feira (17).

O UOL Esporte tentou contato com o advogado de Orlando Rollo, mas não obteve resposta. Assim que ele se manifestar, o texto será atualizado.