Cristiano Ronaldo sofreu com maldição no United que ele mesmo ajudou criar
A camisa 7 é a mais icônica do Manchester United. Número utilizado por alguns dos principais jogadores do clube inglês, como George Best, Bryan Robson, Eric Cantona, David Beckham e Cristiano Ronaldo. Todos ídolos da torcida. Inclusive, a primeira vez do português por Old Traford criou uma espécie de maldição com a camisa 7 que afetou o próprio Ronaldo, que viu a segunda passagem terminar com a rescisão de contrato, alguns meses antes do fim do vínculo.
Em 2003, quando trocou o Sporting (POR) pelo United, Cristiano Ronaldo recebeu o número que até a temporada anterior era de David Beckham, negociado com o Real Madrid. Um peso que o jovem atacante português não sentiu. Com desempenho que melhorava a cada nova temporada, Cristiano não só reforçou a mística que envolve a camisa, como também iniciou uma espécie de maldição desde que deixou Old Traford para atuar na Espanha.
Mas desde 2009, quando o astro de Portugal seguiu para o Real Madrid, nenhum outro jogador conseguiu ser feliz com a camisa 7 do United. Além do próprio Ronaldo, outros seis jogadores usaram o número e todos entregaram menos do que se esperava.
Michael Owen - Ganhador da Bola de Ouro em 2001, o inglês foi o escolhido para herdar a camisa 7 após a saída de Cristiano Ronaldo. Foram três temporadas com ela, mas apenas 52 partidas disputadas, com 17 gols marcados. O atacante sofreu com muitas lesões e jamais conseguiu ter sequência de jogo.
Antônio Valência - O jogador equatoriano tem uma bonita história no United e foi quem ficou com a camisa após Owen deixar o clube. No entanto, atuando muitas vezes como lateral-direito, Valência não era o cara para desequilibrar os jogos. Em duas temporadas com o número 7, foram apenas cinco gols marcados.
Angel Dí Maria - Em 2014 o United pagou 75 milhões de euros (R$ 217 milhões na cotação da época) para contratar o argentino, campeão da Champions pelo Real Madrid algumas semanas antes. Então a maior compra feita por um clube inglês, Dí Maria recebeu a camisa 7, entregue ao craque do time. Mas a passagem do argentino por Old Traford durou somente um ano. Dí Maria foi mal e acabou negociado com o PSG (FRA) por 63 milhões de euros (R$ 240 milhões na cotação do período).
Memphis Depay - Por indicação do técnico Louis van Gaal, o United foi atrás da jovem revelação do PSV. Por 33 milhões de euros (cerca de R$ 113 milhões), o holandês foi atuar na Inglaterra e recebeu a responsabilidade de vestir a camisa 7 dos Diabos Vermelhos. Mais um que frustrou a torcida, com apenas sete gols em 53 jogos.
Alexis Sánchez - Em 2018 e 2019 coube ao chileno a missão de vestir a camisa 7 do United. Contratado ao Arsenal por 30 milhões de libras (pouco mais de R$ 130 milhões na época) e dono do melhor salário da Premier League naquele momento - quase R$ 9 milhões por mês, Alexis Sánchez disputou apenas 45 jogos em dois anos e marcou somente cinco gols. Sem render nem perto do que se esperava, o atacante foi emprestado para a Inter de Milão até o término de seu contrato, quando saiu de graça.
Edison Cavani - Já veterano, o atacante uruguaio trocou o PSG pelo United e herdou o uniforme. Foi apenas uma temporada com a emblemática camisa dos Diabos Vermelhos, com 17 gols marcados, mas nenhum título conquistados e dois vices: um na Premier League e outro na Liga Europa. No começo da temporada 2021/2022, Cavani cedeu o número para Cristiano Ronaldo.
Cristiano Ronaldo - Como não poderia ser diferente, o português recebeu a camisa 7 quando retornou ao United. Apesar dos 24 gols marcados, sendo 21 deles para empatar ou colocar o clube inglês em vantagem, a temporada não foi boa. Cristiano teve seu pior desempenho em números desde 2009, enquanto o United não se classificou para a Champions e caiu de forma precoces em todas as copas, locais e continental. Já na atual temporada, Cristiano Ronaldo apareceu mais pelas polêmicas fora de campo, já que estava na reserva. Com apenas três gols marcados, ele acertou a rescisão de contrato nessa terça-feira (22).
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