Palmeiras já venceu Qatar, mas nem o autor do gol se lembra: 'Eu marquei?'
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Seleção anfitriã da Copa do Mundo deste ano, o Qatar já perdeu do Palmeiras em um jogo disputado no Parque Antarctica. Foi em 1998, em meio a outras competições e com estádio vazio. A vitória alviverde foi por 2 a 0, mas o amistoso foi tão obscuro que nem sequer um dos autores dos gols se lembra.
"Rapaz, eu não lembro não, sinceramente eu não estou lembrando. Eu fiz um gol? Sinceramente não lembro, desculpa aí", disse ao UOL Esporte o ex-atacante Oséas, que marcou o primeiro gol do Palmeiras sobre os qataris.
E não foi só o artilheiro que esqueceu do amistoso. O volante Ferrugem, reserva daquele time, também não lembra daquela tarde de segunda-feira, há 24 anos.
"Palmeiras e seleção do Qatar? Caramba, isso foi no CT? Vou confessar que não lembro desse jogo, mas parabéns para quem lembrou, viu. Pelo menos foi um jogo duro, 2 a 0 para gente", brincou o ex-jogador.
Naquela época o Palmeiras vivia a ressaca do título da Copa do Brasil daquele ano, conquistado dois meses antes, na final contra o Cruzeiro. Também começava a campanha na Mercosul, competição na qual também levantaria a taça, com a base montada para a Libertadores de 1999. O time comandado por Luiz Felipe Scolari tinha Marcos, Arce, Júnior Baiano, Galeano, Alex, Oséas e cia.
A própria semana do amistoso contra o Qatar foi corrida. Dois dias antes, no sábado (15), o Palmeiras tinha perdido um clássico para o Santos na Vila Belmiro, pelo Brasileirão. Dois dias depois (19), teria que enfrentar o Nacional (URU) em Montevidéu, pela Mercosul. A seleção qatari estava em excursão no Brasil, e jogou contra o Alviverde com portões fechados.
Felipão usou os titulares do Palmeiras no amistoso, mas administrou os minutos de todos, já pensando na viagem ao Uruguai. Nem assim o Qatar semi-amador teve condições de fazer frente ao poderio palmeirense: Oséas abriu o placar no primeiro tempo, e Roque Júnior ampliou no segundo. Este foi o amistoso mais recente do Palmeiras contra uma seleção.
Ao contrário dos jogadores, o presidente palmeirense da época se lembra do amistoso. "Foi uma visita. Eles estavam desbravando novos mercados", recordou Mustafá Contursi, que comandou o clube por 12 anos.
"Lembro que eles vieram para fazer pesquisas, desenvolver o esporte deles, e surgiu essa oportunidade. Era um mundo novo para eles", completou o ex-dirigente.
Seleção do Qatar fez 8 jogos no Brasil
Aquela excursão dos qataris serviu como uma espécie de pré-temporada e teve oito partidas contra times brasileiros. Entre amistosos e jogos-treino, a seleção também perdeu de Corinthians, Juventus-SP e São Paulo na capital paulista, mas no Rio teve melhor sorte: perdeu só do Olaria, mas empatou contra Fluminense e Flamengo e venceu o Madureira.
A viagem se explica em parte porque o treinador do Qatar era o brasileiro Luiz Gonzaga Miloli, que fez carreira no futebol catarinense. Ele conta que os amistosos foram positivos na época, mas entende que a seleção não evoluiu muito mais de duas décadas depois.
"Penso que a pré-temporada acrescentou, sim, para ver a técnica do jogador brasileiro, mas eles ainda são muito ingênuos", afirmou Miloli, que avaliou a estreia dos anfitriões na Copa:
"Contra o Equador, pode se considerar que era uma estreia em casa, tem pressão psicológica e eles sentiram bastante, mas não vi evolução nenhuma. Vamos esperar os outros jogos, mas pensei que o Qatar pelo menos mostraria mais disposição, a qualidade técnica está muito abaixo."
Os donos da casa voltam a campo hoje (25) e encaram o Senegal, às 10h, no Estádio Al Thumama. Após perderem por 2 a 0 na estreia, os qataris precisam da vitória para manter vivo o sonho da classificação para a próxima fase.
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