Corinthians desiste de contratar auxiliar técnico que foi a ato golpista
Um dia após anunciar Rodrigo Santana como auxiliar da nova comissão técnica, o Corinthians voltou atrás e não vai mais contratá-lo. O UOL Esporte revelou hoje (6) que ele tem histórico de propagação de notícias falsas nas redes sociais e publicou uma foto em um ato de teor golpista depois da eleição presidencial que elegeu Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
Ontem (5) o Corinthians havia afirmado em nota oficial que "não comentaria assuntos de cunho pessoal de seus colaboradores, o que inclui opiniões políticas", mas o clima mudou diante da pressão interna e da repercussão negativa. O clube confirmou a desistência no começo da noite, explicando que a decisão se deu "em comum acordo" (veja mais abaixo).
Santana chegou a viajar a São Paulo na tarde de hoje para se reunir e fechar com o Corinthians, o que não aconteceu. Ele havia sido anunciado oficialmente, mas sem assinar o contrato. Desta forma, não há rescisão, apenas desistência pela contratação.
Sem Rodrigo Santana, o Corinthians deve voltar ao mercado da bola para preencher a última vaga de auxiliar de Fernando Lázaro. O clube já anunciou os auxiliares Thiago Larghi e Alex Meschini e o preparador físico Flávio de Oliveira.
Entenda o caso
Em 2 de novembro, três dias depois da eleição presidencial, Rodrigo Santana compartilhou nas redes sociais uma selfie em uma manifestação na frente de um quartel (veja a imagem abaixo). O ato era formado por apoiadores do atual presidente Jair Bolsonaro (PL), que perdeu a eleição, e tinha cartazes e cantos que pediam "intervenção militar" por uma suposta e nunca comprovada "fraude eleitoral".
O ato em que Rodrigo Santana esteve presente foi organizado na frente da Companhia de Comando da 4ª Região Militar, localizada na Av. Raja Gabáglia, em Belo Horizonte.
O novo auxiliar do Corinthians também passou as últimas semanas compartilhando notícias falsas nas redes sociais. Em mensagem padrão, o Instagram avisa que a conta de Rodrigo Santana "publicou repetidamente informações falsas que foram analisadas por verificadores de fatos independentes ou que eram contra as diretrizes da comunidade".
Questionado, Rodrigo Santana diz "ver a política como algo muito pessoal" e não quis comentar em detalhes a presença ao ato que defendia desrespeitar o resultado das eleições.
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