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Cruzeiro: TJMG suspende assembleia para votar recuperação judicial

Votação da Recuperação Judicial do Cruzeiro vai demorar um pouco mais para acontecer - Thomas Santos/Staff Images/Cruzeiro
Votação da Recuperação Judicial do Cruzeiro vai demorar um pouco mais para acontecer Imagem: Thomas Santos/Staff Images/Cruzeiro

Victor Martins

Do UOL, em Belo Horizonte

06/12/2022 18h58

O Tribunal de Justiça de Minas Gerais suspendeu no início da noite desta terça-feira (6) a Assembleia Geral dos credores do Cruzeiro que votariam sobre a Recuperação Judicial do clube nesta quarta-feira (7), como apurou o UOL Esporte. A decisão foi tomada por uma série de fatores, como a mudança nas condições de pagamento feita pelo clube nessa segunda-feira (5), a falta de uma lista confiável dos credores em condição de votar e o temor por uma série de ações judiciais após a assembleia, já que alguns pontos do processo conduzido pelo Cruzeiro são questionados pelos credores.

A decisão de suspender a Assembleia Geral foi do desembargador Ramon Tácio, 16ª Vara Cível de Belo Horizonte, que atendeu aos pedidos de alguns credores. Entre eles está o ex-atacante Fred, que tem mais de R$ 25 milhões a receber do Cruzeiro.

Mas com a Recuperação Judicial, o Cruzeiro tenta reduzir os valores das dívidas mais altas, além de ganhar um prazo maior para quitar os débitos. Ao todo, o clube mineiro tem mais de 400 credores, que vão desde funcionários, ex-dirigentes, jogadores, treinadores, instituições financeiras e até o comércio local.

Inicialmente o Cruzeiro propôs pagar mensalmente quem tem dívida de até 150 salários mínimos, a partir do sexto mês da homologação da Recuperação Judicial. Com essa proposta e o suporte de uma empresa, o clube mineiro conseguiu muitas procurações para votar pela Recuperação Judicial No entanto, nessa segunda-feira (5), o clube mineiro mudou as condições de pagamento, propondo pagar em três parcelas anuais, sendo 10% no primeiro ano, 10% no segundo e 80% no terceiro.

Além da mudança na forma de pagamento para que tem até 150 salários mínimos para receber, outras irregularidades foram apontadas pelos credores, como mostrou o UOL Esporte. Na semana passada os credores do Cruzeiro também tentaram a suspensão da Assembleia Geral, mas sem sucesso.

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