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Brasileiro que jogou Copa por Croácia não esconde torcida e aconselha Tite

Sammir em lance no duelo entre Croácia e Camarões, em 2014 - Jeff Mitchell - FIFA/FIFA via Getty Images
Sammir em lance no duelo entre Croácia e Camarões, em 2014 Imagem: Jeff Mitchell - FIFA/FIFA via Getty Images
Vanderlei Lima e Alexandre Araújo

Do UOL, em São Paulo (SP)

08/12/2022 04h00

Classificação e Jogos

O duelo entre Brasil e Croácia por vaga nas semifinais da Copa do Mundo do Qatar deixará um brasileiro com o coração quase dividido. Nascido em Itabuna, na Bahia, Sammir atuou no país europeu em inúmeras temporadas e, naturalizado, integrou o elenco no Mundial de 2014, realizado justamente em seu país natal. Agora, como torcedor, acredita em uma vitória verde e amarela, mas ressalta os pontos positivos dos adversários de amanhã (9).

O ex-meia vestiu a camisa do Dinamo Zagreb por sete anos, onde, inclusive, sucedeu Modric, grande nome da seleção croata. Entre 2019 e 2021, o brasileiro ainda defendeu o NK Lokomotiva. Por aqui, ele teve passagens por Athletico-PR, São Caetano e Ferroviária no início da carreira e, mais recentemente, esteve no Sport.

"O coração vai ser 60% por 40% para o Brasil. Tenho muito orgulho de ter jogado pela Croácia, tenho uma história muito linda lá. Se a Croácia passar, eu não vou ficar triste, mas, neste jogo, torço para o Brasil. O Brasil é melhor e eu acho que vai ganhar", disse, ao UOL Esporte.

Ao longo da carreira, Sammir, que está com 35 anos, também jogou pelo Getafe, da Espanha, e Jiangsu Suning, Hangzhou Greentown e Wuhan Zall, da China.

Seja por conta da seleção ou pelos clubes que defendeu, o ex-jogador conhece diversos nomes do elenco da Croácia, como os goleiros Livakovic e Ivusic, e o próprio Modric.

Sammir em ação pelo Sport, em 2019 -  Anderson Stevens/Sport Club do Recife -  Anderson Stevens/Sport Club do Recife
Imagem: Anderson Stevens/Sport Club do Recife

"A Croácia, tecnicamente, é muito boa. Então, vai querer jogar ao estilo brasileiro, com troca de passes. Tem jogadores na frente perigosos, como o Kramaric. Acho que a defesa do Brasil é melhor que o ataque da Croácia, mas nos contra-ataques e nas bolas paradas eles são muito bons", alerta.

O ex-jogador salientou ainda que os croatas têm um espírito guerreiro e costumam não desistir facilmente. "Eles ganharam a guerra da Sérvia, têm a qualidade de brigar até o final. O Modric fica na liderança para manter esse espírito guerreiro. Ele tem a mentalidade de vencedor, quer ganhar, e passa isso para os jogadores".

Na Rússia, em 2018, a Croácia fez história ao chegar à inédita final, mas acabou derrotada para a França por 4 a 2:

"Eu acho que [a seleção] é parecida com a de 2018. Os jogadores da Croácia são muito parecidos tecnicamente, correm muito. A escola é muito igual. Pelo que eu vi, são seis jogadores que saíram em relação à última Copa do Mundo e entraram outros novos. Não estão jogando muito, mas está sendo uma renovação".