Gestor de Endrick 'perdeu' Vini Jr. e vê série da F1 como modelo para jovem
O gestor de imagem de Endrick, do Palmeiras, não quis cometer o erro de cinco anos atrás. Sem saber na época, e para poder dar foco aos contratos que já tinha, ele rejeitou a chance de fazer um trabalho parecido para um juvenil do Flamengo. Hoje, esse juvenil atende pelo nome de Vini Jr..
Por isso, quando Fred Pena, da empresa de agenciamento de jogadores TFM, lhe telefonou, em janeiro deste ano, a resposta foi sim.
"Eu teria aceitado de qualquer forma, mesmo que fosse um perna de pau, porque perdi o bonde com o Vini", disse Fabio Wolff ao UOL Esporte. Mas o juvenil de quem Pena falava era Endrick.
Wolff é o responsável por intermediar a captação de parceiros para o atacante, mas não só. A Wolff Sports & Marketing definiu, basicamente, o comportamento de Endrick como um produto —um termo que parece impessoal, mas que na verdade dá protagonismo ao jogador.
Entre as diretrizes definidas pela agência de Fabio para o atleta, estava a sugestão de que ele usasse seu alcance nas redes sociais para contar sua própria história.
"Eu pensei muito na série 'Drive do Survive', da Netflix. As pessoas querem ver os bastidores, querem ver além do campo", explicou o profissional de marketing.
Foi esse direcionamento, por exemplo, que levou Endrick a abrir lives logo que o Palmeiras sagrou-se campeão brasileiro, tanto no sub-20 quanto no profissional, mostrando os vestiários e a festa no campo.
"Mas isso de demonstrar respeito pelas outras torcidas, por exaltar a equipe do Vasco após vencer a final sobre eles e tirar fotos com torcedores de outros clubes é dele. Endrick é muito maduro", afirmou Wolff.
Após a conquista do Brasileiro sub-20, ele, por exemplo, pediu desculpa aos corintianos por se exceder na comemoração da conquista.
Poucas marcas e alinhamento natural com patrocinadores
Endrick não vai ser visto fazendo milhares de comerciais ou posando para fotos com diversos produtos. A ideia é que o jogador tenha relacionamento com apenas oito empresas, que tenham um alinhamento natural com o jogador. A ideia é que ele seja uma espécie de embaixador. Foi o caso de seu primeiro patrocinador depois da Nike. Endrick, com um mês de trabalho com Wolff, assinou com a Odontocompany.
"A ideia surgiu porque o pai dele fez um tratamento dentário para resolver alguns problemas. Estar junto com a empresa fazia sentido na história de vida dele", contou o marqueteiro.
Para que esse alinhamento entre o jogador e as marcas não ficasse forçado, Endrick sugeriu quais empresas e que tipo de produto gostaria de endossar. A inspiração para o modelo de negócio com poucos parceiros veio do modo de trabalhar de Roger Federer, Cristiano Ronaldo e Rafael Nadal.
"São atletas que têm contratos longos e selecionados, cujas imagens são altamente ligadas às marcas, são quase sinônimos", disse Fabio.
Com a iminente saída de Endrick para o futebol da Europa, muito possivelmente para o Real Madrid, o leque de opções de Endrick deve crescer. "Ele está preparado para as grandes marcas", garante Wolff.
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