Corinthians: Guedes viveu briga, quase dispensa e fase goleadora com Larghi
O novo auxiliar técnico do Corinthians foi anunciado nesta semana, mas já conhece muito bem o camisa 10 do clube. Thiago Larghi e Róger Guedes trabalharam juntos no Atlético-MG, em 2018, e tiveram relação de altos e baixos: briga, castigo e quase saída por um novo empréstimo, mas no final uma fase goleadora que rendeu uma proposta irrecusável.
Larghi era técnico interino do Atlético-MG quando Guedes viveu uma das melhores fases da carreira, no começo do Brasileirão de 2018. Fez nove gols em 12 jogos e foi vendido ao futebol chinês na parada da Copa do Mundo daquele ano —ele pertencia ao Palmeiras. Aquele semestre do atacante havia sido turbulento, com problemas dentro e fora de campo e Larghi sempre envolvido.
Os dois conviveram como treinador e jogador por cinco meses: Larghi assumiu o Atlético-MG em fevereiro de 2018, e Guedes foi vendido em julho. Foi tempo mais do que suficiente para muitos episódios: teve briga no treino, reclamação por substituição, corte de jogo importante e uma volta por cima. O UOL Esporte relembra passo a passo.
"Sempre eu"
Thiago Larghi não tinha sequer três semanas no cargo quando estourou a primeira polêmica envolvendo Róger Guedes. Foi no final de fevereiro de 2018, durante uma vitória sobre o Figueirense pela Copa do Brasil. Substituído, o atacante deixou o campo gesticulando e reclamando pelo quarto jogo seguido em que era trocado.
O atrito ficou por isso mesmo, porque Larghi pôs panos quentes em sua entrevista coletiva e no dia seguinte Guedes publicou nas redes sociais. "De fato ele não gostou, mas já conversamos no vestiário e ficou tudo acertado. Está tudo bem", disse o então treinador. "Fiz questão de me desculpar internamente com companheiros, diretoria e principalmente com o nosso técnico Thiago Larghi", escreveu o jogador.
Briga no treino e castigo em Buenos Aires
Em abril, durante um treino, Róger Guedes não gostou de uma entrada forte do argentino Tomás Andrade e partiu para cima do companheiro. A briga só não foi pior porque outros jogadores impediram. A imprensa estava no centro de treinamento e registrou toda a confusão. Dois dias depois o Atlético-MG visitou o San Lorenzo pela Sul-Americana, e Róger Guedes chegou a viajar, mas acabou cortado até do banco de reservas por Larghi.
Do quase empréstimo à proposta irrecusável
Na semana seguinte, Guedes errou um passe de calcanhar, proporcionou contra-ataque fatal, e o Atlético-MG perdeu do Vasco na estreia no Brasileirão. Seria a gota d'água para um novo empréstimo: Larghi liberou, e o atacante esteve perto de ser repassado ao Bahia. Foi um grupo de jogadores veteranos do Galo, entre eles Fábio Santos, que interveio para convencer comissão técnica e diretoria a mantê-lo no elenco. A aposta deu certo.
Com a saída de Casares, Róger Guedes ganhou nova chance com Thiago Larghi, assumiu a tituaridade na ponta esquerda e foi melhor do que o esperado: disparou na artilharia do Brasileirão e chamou tanta atenção naqueles meses que acabou comprado pelo Shandong Luneng, da China.
Larghi volta ao Corinthians
O novo auxiliar de Fernando Lázaro já trabalhou no CT Joaquim Grava por dois meses, em 2016. Ele foi assistente de Oswaldo de Oliveira por quase dois anos, primeiro no Sport, e em seguida no Corinthians. Daquela vez, porém, a comissão técnica acabou demitida após apenas nove jogos, pois o time não alcançou a classificação à Libertadores.
Depois do Corinthians, Larghi seguiu com Oswaldo para o Al-Arabi, do Qatar, mas ambos voltaram ao Brasil após três meses. Ainda em 2017 foram para o Atlético-MG, onde Larghi sucedeu Oswaldo de Oliveira no ano seguinte.
Como técnico, ele comandou o Atlético-MG em 49 jogos e com presença frequente no G-6 do Brasileirão, mas acabou demitido por não brigar pelo título. Depois do Galo, em 2020 treinou o Goiás por seis jogos, em pouco mais de um mês, e estava sem clube até virar auxiliar no Alvinegro.
Larghi também já trabalhou na seleção brasileira ao atuar como único observador técnico durante a Copa do Mundo de 2014, na comissão de Felipão. O trabalho era semelhante ao que Fernando Lázaro exerceria na Copa deste ano. Em entrevista ao UOL Esporte, em agosto, ele contou como estava se preparando para voltar à rotina do futebol.
ID: {{comments.info.id}}
URL: {{comments.info.url}}
Ocorreu um erro ao carregar os comentários.
Por favor, tente novamente mais tarde.
{{comments.total}} Comentário
{{comments.total}} Comentários
Seja o primeiro a comentar
Essa discussão está encerrada
Não é possivel enviar novos comentários.
Essa área é exclusiva para você, assinante, ler e comentar.
Só assinantes do UOL podem comentar
Ainda não é assinante? Assine já.
Se você já é assinante do UOL, faça seu login.
O autor da mensagem, e não o UOL, é o responsável pelo comentário. Reserve um tempo para ler as Regras de Uso para comentários.