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Casão: Neymar foi bem no geral, mas não tem que continuar sendo convocado

Colaboração para o UOL

13/12/2022 11h49

O colunista do UOL Walter Casagrande Jr. elogiou o comportamento de Neymar durante a Copa do Mundo de 2022. Ele entende que o atacante esteve focado em jogar futebol, mas foi atrapalhado devido à lesão na primeira partida. Apesar disso, o comentarista quer o meia-atacante fora da seleção brasileira no novo ciclo rumo à Copa do Mundo de 2026.

"Era uma questão muito desconfortável para o Neymar como comportamento. Ele se comportou bem, tentou jogar. Foi para o jogo contra a Croácia e marcou um golaço, mas o Brasil foi eliminado. No geral profissionalmente ele foi ok, foi bem", resumiu Casagrande no UOL Entrevista.

O colunista explicou por que era uma situação delicada para Neymar. "Neymar chegou com a cobrança de não ser um jogador decisivo em jogos de peso, em Copa do Mundo e Copa América. E o envolvimento extra dele é muito pesado. Ele apoiou um presidente fascista que perdeu. Disse que ia fazer gol homenageando esse presidente, que perdeu. Os apoiadores desse presidente estão tentando um golpe. E ele está apoiando tudo isso", lembrou Casagrande.

Então Casagrande explicou por que elogiou Neymar. "Ele veio para jogar bola. Esperava que primeira partida fosse espetacular, porque estava bem na França. Ele não jogou bem e ainda se machucou. E sabia que se ele fizesse alguma coisa fora do profissionalismo, o brasileiro ia cair matando. Ele se dedicou a se recuperar. Em outros tempos ele estaria no churrasco folheado a ouro", opinou Casagrande, lembrando do episódio em que jogadores apareceram comendo carne folheada a ouro no Qatar.

Questionado se Neymar deveria continuar na seleção brasileira, Casagrande dispensou. "Não tem que continuar. Tem que começar do zero. É influência negativa da geração anterior. Temos que formar uma nova geração de jogadores de futebol como cidadãos. Pode colocar Casemiro e Marquinhos na transição. Eles podem ajudar na formação de uma nova geração de cidadão brasileiro jogador de futebol".

Casagrande: Novo técnico da seleção brasileira tem que acabar com "panelas"; Ancelotti é o ideal

Casagrande explicou qual deve ser o perfil deve ter o novo técnico da seleção, nesse ciclo rumo a 2026, que ainda não foi definido.

"Tem que ser um treinador de grande porte que não tenha muito envolvimento com o futebol brasileiro ainda, para não ter influências ou ser contaminado pelo ambiente de panela que existe no futebol brasileiro. Aqui brasileiro gosta de 'panela', tem grupinho."

Ele afirmou que defendia o nome de Abel Ferreira e ainda é a favor do português, que está no Palmeiras. Mas entende que Ancelotti está em um patamar acima. "Quando surgiu o nome do Ancelotti, acabou a brincadeira. Não dá mais para brincar. A régua subiu lá no teto. Vai pegar um treinador supercampeão de Champions e campeão como jogador. Ele tem variações táticas, joga ofensivo, joga defensivo e é um grande vencedor".

Casagrande: Leifert usou polêmica para me atacar

Recentemente Casagrande se envolveu em uma polêmica com Tiago Leifert, que escreveu um post para criticar o colunista. Casão retrucou e lembrou de momentos que o ex-apresentador tinha negado. Agora reafirmou tudo que foi publicado e acusou o narrador de usar uma polêmica para atacá-lo.

"Não é mentira o que falei dos ex-jogadores. A pessoa pode achar que não tem problema. Mas eu acho problema. Dei minha opinião e bateu na ferida dos caras. Eles se uniram contra mim. Mas o que Tiago Leifert tinha que fazer? Qual era o papel dele ali? Qual é a razão dele se envolver? Ele não é desse grupo de ex-jogadores pentacampeões. Qual foi o papel dele entrar nesse grupo? Foi querer usar o vácuo dos caras para me atacar e não ter como eu responder", opinou Casão.