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Como Corinthians pretende pagar parcela de R$ 70 milhões da Arena

Corinthians vai pagar em 2023 a primeira parcela do refinanciamento acertado com a Caixa - Divulgação/SCCP
Corinthians vai pagar em 2023 a primeira parcela do refinanciamento acertado com a Caixa Imagem: Divulgação/SCCP

Do UOL, em São Paulo

23/12/2022 04h00

O Corinthians tem um planejamento específico em 2023 para pagar a parcela anual de cerca de R$ 70 milhões da Neo Química Arena, a primeira do refinanciamento feito com a Caixa Econômica Federal. O plano é:

  • Usar R$ 22 milhões da receita de naming rights
  • E cerca de R$ 55 milhões da receita bruta da bilheteria

O clube projeta repassar 50% de tudo o que arrecadar com venda de ingressos para o pagamento da parcela. O que sobrar segue sendo usado para outras despesas, como pagamento de salários ou eventual compra de jogador.

O Corinthians tem até 2041 para quitar seu estádio. O valor total passa dos R$ 611 milhões, e o acordo com a Caixa prevê parcelas anuais para pagar o empréstimo que o clube tomou para construir a Arena.

Este plano está detalhado no orçamento do Corinthians, aprovado pelos conselheiros na semana passada.

Os naming rights já são uma parte grande, mais de um terço deste valor [da parcela da Caixa]. O resto é achar mais receitas e reduzir despesas. Se não tivéssemos este pagamento, poderíamos investir mais no futebol, mas temos que ter responsabilidade. Já conseguimos melhorar muito o cenário financeiro do clube, mas ainda tem muito a fazer. [A parcela] Tem impacto, lógico, porque poderíamos gastar este dinheiro, mas podemos buscar novas receitas Duilio Monteiro Alves, presidente do Corinthians

Receitas previstas da Arena em 2023:

A receita líquida projetada é de R$ 172,3 milhões, já descontadas as deduções. No entanto, depois das despesas operacionais com salários, contratações e serviços em geral (R$ 81,7 mi) e os gastos com juros e multas da dívida do estádio (R$ 90,4 mi), a projeção é fechar o ano com apenas R$ 200 mil no azul.

  • R$ 105,6 milhões com receitas de bilheteria;
  • R$ 49,8 milhões com exploração comercial, como cadeiras cativas e aluguel para shows;
  • R$ 22,2 milhões dos naming rights.

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