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Irmã de Pelé diz que mãe ainda não sabe sobre morte do filho

Edson Arantes do Nascimento, o Pelé, em foto ao lado dos irmãos, Maria Lúcia e Zoca (de preto), e sua mãe, Dona Celeste - Acervo UH/Folhapress
Edson Arantes do Nascimento, o Pelé, em foto ao lado dos irmãos, Maria Lúcia e Zoca (de preto), e sua mãe, Dona Celeste Imagem: Acervo UH/Folhapress

Colaboração para o UOL, em São Paulo

30/12/2022 13h20

No dia seguinte à morte de Pelé, Maria Lúcia do Nascimento, irmã do Rei do Futebol, contou que a mãe dela, Dona Celeste, de 100 anos, ainda não recebeu a notícia da perda do filho.

Maria Lúcia disse que conversou várias vezes com a mãe sobre o estado de saúde de Pelé nos últimos dias, dizendo sempre que rezaria pelo irmão. No entanto, ela admitiu que não sabe se Dona Celeste, que nem sempre reagia, tem consciência da situação.

"Não [Dona Celeste não sabe]. Nós conversamos, mas ela não sabe. Ela está bem, mas está no mundinho dela. Ela não está sabendo. Ou sabe. Às vezes, eu falo: 'Celestica, o Dico tá assim'. Ela abre o olho, e eu falo: 'Vamos rezar por ele'. Mas ela não está consciente", disse Maria Lúcia em entrevista à ESPN.

A irmã de Pelé ainda falou sobre como tem sido lidar com a situação, e disse que esteve com Pelé no Hospital Albert Einstein no último dia 21 de dezembro. Maria Lúcia contou que o Rei do Futebol parecia "sentir que estava partindo".

"Está sendo muito difícil. A gente sabe que não somos eternos, mas essa notícia de que ele estava nos deixando, deixou o coração muito apertado. É muito difícil. Mas está na mão de Deus", disse.

"Estivemos com ele (no dia 21). Ele próprio já sentia. Estava tranquilo. Conversamos um pouco. Com ele, eu via que ele sentia. Sabia que estava partindo. Como ele é muito religioso, quando ele conversava comigo, ele falava que estava na mão de Deus", concluiu.

O Rei do Futebol morreu aos 82 anos na tarde de ontem, no Hospital Albert Einstein, onde estava internado havia um mês. A causa da morte foi a falência múltipla dos órgãos provocada pelo avanço do câncer de cólon que ele tratava desde 2021.