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Neto lamenta críticas a Pelé: 'Fomos muito injustos'

Neto, apresentador do "Os Donos da Bola", da TV Band - Reprodução/YouTube
Neto, apresentador do "Os Donos da Bola", da TV Band Imagem: Reprodução/YouTube

Colaboração para o UOL, em São Paulo

30/12/2022 14h46

Apresentador e comentarista da TV Band, Neto comandou uma homenagem a Pelé, que morreu ontem (29), no "Os Donos da Bola", hoje. Na abertura do programa, o ídolo corintiano lamentou que o Rei do Futebol tenha sido criticado tantas vezes, avaliando que o ex-jogador do Santos e da seleção brasileira foi injustiçado.

Além de citar algumas críticas feitas a Pelé, Neto afirmou que o Rei do Futebol deixou de receber as devidas homenagens em várias situações, recordando a Copa do Mundo de 2014.

"O Pelé é nosso, meu, seu, de todo mundo. E nós fomos muito injustos com ele durante muito tempo. A imprensa, comentaristas, narradores. Faltaram com educação com ele [...] O Pelé falou muita coisa que muita gente não concordou: que a Colômbia ia ser campeã, que fulano, sicrano?. Por que ele não podia falar? A gente não entendia. Talvez, pela genialidade, pelo que ele representa, a gente cobra mais", disse Neto.

"Em 2014, não deixaram o Pelé entrar na Copa do Mundo no primeiro e no último jogo. Acho que porque ele fazia propaganda para um banco. Mas não é o banco. É o Pelé. Ele tinha que dar o primeiro chute, levar a bola, levar a taça no Maracanã. Olha quantas imagens a gente teria. [...] Não foi o Pelé. Ele assistiu de casa. É um país injusto", acrescentou o apresentador.

"O Pelé foi crucificado por muita gente: 'Nunca brigou pelo racismo', 'Nunca fez nada'. Ele não precisava falar! Vocês não entendem isso? Os jogadores de hoje não falam, não se posicionam. Quando o Pelé encontrava reis e rainhas, eles se curvavam para o Pelé. Faziam reverência", finalizou.

O Rei do Futebol morreu aos 82 anos na tarde de ontem, no Hospital Albert Einstein, onde estava internado há um mês. A causa da morte foi a falência múltipla dos órgãos provocada pelo avanço do câncer de cólon que ele tratava desde 2021.