"Nunca vi o Pelé zombar de um time adversário", diz presidente do São Paulo
Júlio Casares é, até o momento, o único mandatário entre os clubes da capital paulista a comparecer ao velório do Rei do futebol. E fez questão de enaltecer o eterno camisa 10.
"O Morumbi foi a casa dele, em que ele fez sua despedida da seleção brasileira, contra a Áustria em 1971. Pelé é um mito mundial, universal. E nós que estamos aqui homenageando esse cara. A minha infância no jogo de botão, os momentos que ele fazia gols no São Paulo. E ele falava do Roberto Dias [ex-jogador do São Paulo] como seu grande marcador. Eu reverenciava o cara que era mais que o Rei do futebol, soube representar os brasileiros. E o legado dele cabe a todos nós não deixar que ele morra. E não vai morrer pelo que aconteceu no mundo, e está acontecendo aqui. Estou aqui agradecendo, em nome do São Paulo", declarou Casares, na Vila Belmiro.
- Ao definir que não jogaria mais pelo Brasil, Pelé fez dois jogos de despedida. Um deles, no Morumbi, quando ele marcou o gol do empate em 1 a 1 contra a Áustria.
- "Tinha simplicidade e humildade. Hoje é tão difícil. O conheci bem, mas não estou aqui como pessoa física, represento uma instituição, que é o São Paulo Futebol Clube, que abraça o Pelé, trazendo um muito obrigado", continuou Casares.
Amigo do maior jogador da história, Casares relembrou passagens em que viu de perto toda a simplicidade do Rei.
"Eu tive vários momentos com ele, vi ele atender crianças, parar conversas com dirigentes para atender crianças. Vi muitos jogos em que ele fez gols no São Paulo. Mas na hora de subir a serra, pensava que ele era incrível. Caiu no Santos, o Santos deu sorte e ele construiu todo esse imaginário. É só muito obrigado".
O velório de Pelé começou nesta segunda-feira, às 10h (de Brasília), na Vila Belmiro, e vai terminar às 10h desta terça-feira.
"Muito obrigado ao Pelé e ao Santos. Ele deixa um ensinamento que os clubes devem brigar dentro de campo, mas fora de campo ter respeito. Eu nunca vi o Pelé zombar de um time adversário, ele respeitava muito. É uma missão, uma obrigação", finalizou Casares.
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