Felipão diz que ida de CR7 ao Al Nassr é 'algo a mais na carreira'
Luiz Felipe Scolari, diretor técnico do Athletico, comentou sobre a ida de Cristiano Ronaldo ao Al Nassr, da Arábia Saudita, em entrevista ao programa Jogo Aberto, da Band, nesta terça-feira. O ex-treinador trabalhou com CR7 na seleção portuguesa, entre 2003 e 2008.
Acho que o Cristiano foi pro Al Nassr pra construir uma coisa a mais na sua carreira porque ele não se contenta com o simples, com coisinhas que outros atletas acham interessantes. Pra ele, tudo é difícil, mas tudo ele vai atrás e tudo ele consegue. Ele sempre percorreu caminhos que o Messi não precisava. O Messi é gênio, bola cai no pé do Messi e pronto. O Cristiano tem que trabalhar para isso, e sempre trabalhou. Acho que ele foi buscar algo financeiramente ótimo na Arábia Saudita, mas foi dar alguma coisa a mais na sua carreira, porque aí ele vai encerrar como gostaria". Felipão, diretor técnico do Athletico
Confira outros tópicos abordados por Felipão na entrevista
Técnico estrangeiro na seleção brasileira: "Eu daria meu aval total ao Abel, porque ele já mostrou a todos nós brasileiros, do mundo do futebol, que tem qualidades e é muito bom técnico. Agora, não tenho a capacidade de dizer se este é o ideal, se aquele é o ideal, não sei quais são os projetos da CBF. Mas eu quero apenas dizer uma coisa. Nós saímos do Brasil muitas vezes e fomos bem aceitos em todos os lugares que passamos. E nós temos que aceitar pessoas de nacionalidades diferentes que tenham qualidade. É bom, trabalha em qualquer lugar, trabalha no mundo todo! (...) Também não acho que nós (brasileiros) estamos atrasados, que não temos qualidade. Temos! Os cursos que a CBF tem feito são muito bons também".
Luis Suárez no Grêmio: "Não acho que só o Suárez vai modificar. O que tem que mudar é a estrutura, o pensamento dos atletas em relação também ao Suárez. O Suárez é uma estrela e não vai correr sozinho, vai correr com o pessoal. Quando se forma uma equipe, tem um ou outro jogador com mais nome, mas se nós todos não nos unirmos, fizermos um coletivo forte, não adianta ter um. Um só não vai modificar nada no campeonato. Se ele fizer sua parte, se for bem aceito, e todos entenderem que ele é um jogador muito bom e que poderá dar uma contribuição muito grande, o Grêmio naturalmente fez uma grande contratação".
Transição para o cargo de diretor técnico do Athletico: "Não sei (como está a transição). Todo dia é uma coisa diferente, uma solicitação, uma novidade. Algumas eu participo ativamente, porque ainda é da minha área antiga, e algumas eu tô começando a tomar conhecimento. Felizmente no Athletico tenho pessoas ao meu lado para fazer determinadas situações que vão me deixar tranquilo na minha área específica de campo, com os treinadores mais jovens, com o Paulo (Turra). Observar algumas situações na parte técnica que posso, com alguma experiência, indicar um caminho melhor".
Expectativas para Paulo Turra como técnico do Athletico: "Sim, o trabalho se mantém, nós já dávamos ao Turra a incumbência de dirgir 75% do treino. Ficávamos do lado, fazíamos as interferências minímas para que ele desse seu treino e nós orientássemos uma ou outra coisa. Naturalmente não quero e nem vou fazer isso nas quatro linhas, porque seria tirar a autoridade do Paulo".
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