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Santos: Rueda fala sobre finanças do clube: 'Vai demorar pra ficar 100%'

Andres Rueda, presidente do Santos - Foto: Ivan Storti/Santos FC
Andres Rueda, presidente do Santos Imagem: Foto: Ivan Storti/Santos FC

Do UOL, em São Paulo (SP)

11/01/2023 12h12Atualizada em 11/01/2023 13h23

Em entrevista ao programa Sportscenter, da ESPN, o presidente do Santos falou sobre as metas, o planejamento para 2023, além das atuais situações financeira e do projeto da nova Vila Belmiro.

Planejamento: "Após a última rodada do Brasileirão a gente contratou o Odair e o Falcão, e iniciamos o planejamento, e ficou muito evidente que a gente tinha que melhorar, que os resultados em campo não eram os esperados, nem o que o Santos merece, não estávamos contentes. Fizemos um planejamento onde o time precisaria de enxerto de jogadores mais maduros, para dar suporte à nossa base. Em cima disso chegaram alguns nomes: trouxemos o Dodi, João Lucas, Messias, Mendoza e Wladimir, todos através de indicação de posições do nosso scout e da comissão, e avaliados pelo Falcão, e claro, dentro das prioridades financeiras do clube. A comissão vai ter mais tempo para avaliar melhor os jogadores, e assim saber se precisaremos de mais peças."

Nova Vila Belmiro: "O projeto da nova arena foi aprovado pelo conselho, em assembleia pelos sócios, então já é realidade. Estamos numa fase onde o parceiro detalha a parte arquitetônica, e em paralelo, estamos em trâmites de contrato e liberações com a prefeitura. A nossa previsão é que a gente comece até a metade o ano a comercializar as cadeiras, pra começar a levantar fundos pra iniciar a construção no segundo semestre."

Estágio da recuperação financeira: "Em 2021 o clube literalmente estava em situação de pré-falência, as dívidas estavam fora de controle, contas bloqueadas, patrocínios bloqueados, transfer ban, uma situação caótica. Nesses dois anos conseguimos pagar algumas dívidas, e fazer acordos que deixam a dívida administrada. Recentemente fomos surpreendidos pela venda do Kaiky, cujo dinheiro da venda traria uma situação mais confortável, e esse dinheiro foi bloqueado na Espanha por uma dívida de 2012 da venda do Neymar, isso atrapalhou um pouco a projeção financeira. A situação ainda é delicada, porém, com a vantagem de fechar 2022 com os salários e imagem religiosamente em dia, além dos compromissos financeiros e tributários em ordem. Mas leva tempo até dizer que a saúde do clube está 100% boa."

Chegada e relação com Falcão: "Durante o começo do planejamento para 2023, procurei mudar um pouco algumas coisas com os erros que aprendemos, na relação entre diretoria e coordenação esportiva técnica, e o que motivou o Falcão a vir trabalhar com a gente, e que teria comissão técnica e esportiva como parceiros. Todo dia estou interagindo com o Falcão, e a gente acabou construindo uma relação perfeita para o bom andamento dos trabalhos, Todos são ouvidos. Eu entendo a parte esportiva deles, e eles entendem a parte financeira do clube. Toda contratação ou dispensa é feita com consenso da comissão técnica, esportiva e a diretoria."

Pelé: "Quem morreu foi o Édson, o Pelé está todo dia na memória do povo brasileiro, do mundo, e da nação santista. Na nossa gestão, buscamos uma aproximação com ele. Há cerca de 4 meses, formalizamos isso através de um contrato, ele se tornou funcionário, um embaixador e assessor da presidência. Tivemos esse período chato acompanhando tudo isso com a esposa dele. O Pelé deve ser homenageado todo dia. A nossa camisa de jogos em todas as categorias passa a ter de forma perene acima do escudo a coroa, para ter o Pelé sempre conosco. Ainda tem uma série de coisas sendo preparadas, e esse é um objetivo meu: Trazer de volta para o Brasil a marca Pelé, quem tem o direito dessa marca hoje é um fundo estrangeiro, e o Pelé e Santos têm de ser uma coisa única", completou.

O Peixe segue em preparação para a estreia no Campeonato Paulista, no próximo sábado, às 20:30h de Brasília, contra o Mirassol, na Vila Belmiro.

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