Mauro Cezar: Danilo e João Gomes são duas vendas muito boas

O Palmeiras finaliza a venda de Danilo para o Nottingham Forest, enquanto o Flamengo encaminha a negociação de João Gomes com o Wolverhampton. As negociações de times brasileiros com os ingleses é bem vista pelo comentarista Mauro Cezar Pereira que, no Posse de Bola, comparou os valores envolvidos com outros jovens destaques do futebol argentino.

"As duas vendas são muito boas, né? O Palmeiras está vendendo o Danilo por 20 milhões de euros, tem 80%, fica com 16 milhões. O Flamengo tem 100% do João Gomes e vende por 17 milhões de euros. Só para comparar, o Alcaraz, do Racing, foi vendido para o Southampton agora, mesma posição, por 13 milhões com mais um de bônus. O Enzo Fernández, campeão com a Argentina, já era titular do River Plate, batedor de pênalti, foi vendido por 10 milhões, tinha uma meta fácil de alcançar, foi a 12 milhões, e até agora o River tem a receber 14 milhões de euros. E é um jogador titular da seleção campeã do mundo. São dois bons jogadores, mas acho que não são dois jogadores tão participativos do meio para frente", disse.

Tem que repor

Relacionadas

Fifa define cidades do Mundial: Fla jogará ao lado da Espanha, país do Real

Flamengo encaminha venda de João Gomes para Wolves por quase R$ 100 milhões

Palmeiras acerta venda de Danilo ao Nottingham Forest por R$ 113 milhões

"Eu imagino que o Flamengo não vá cair no mesmo erro da temporada passada que foi imaginar que o Vidal era volante para substituir, eventualmente, o João Gomes. Nem o Vidal nem o Gerson são volantes. E uma temporada toda exige também jogadores com essas características. Aliás, acho que foi a grande lacuna do elenco do Flamengo na temporada passada. Volante. Fez falta, e acho que é uma baixa importante nessa mescla que foi feita no ano passado para viabilizar esse novo quarteto com Pedro, Gabigol, Everton e Arrascaeta. O Flamengo, diferentemente do Palmeiras, tem conseguido com as vendas investir no seu time, mas o elenco do Flamengo tem nessa posição específica um desafio", disse Arnaldo Ribeiro.

Indignação seletiva

"Sobre a música cretina cantada ontem, só tem uma coisa a dizer: a indignação só está acontecendo por que ontem xingaram o Pelé. O que é um absurdo, mas a torcida do Brasil xinga o Maradona há muito tempo, com aquele movimento que fica atrás do gol de amarelinho, e todo mundo acha normal. A indignação é seletiva. Só por que o Pelé foi envolvido. 'Ah, mas o Pelé morreu'. O Maradona morreu há um tempão, e passou a Copa do Mundo sendo ofendido. Então se é o argentino que ofende, é 'olha só, o argentino cantando a música contra o Pelé'. Agora quando é o brasileiro que ofende o Maradona ninguém fala. Agora, como os canalhas lá cantando a música botando o nome do Zico, que não tem nada a ver com a história, o nome do Pelé e do Maradona, aí tem indignação", disse Mauro Cezar.

Palmeiras não é mais o mesmo

"Em relação a comparação do Palmeiras com os outros, eu acho que o Palmeiras continua na frente, mas pela narrativa, não tá com tudo isso que a gente imagina estar. Por que, pensa bem, o que é que o Palmeiras tem para mostrar? Um bom goleiro, um zagueiro excelente que é o Gomez, o meio de campo que foi prejudicado pela ausência do Danilo e do Scarpa, e o Dudu. Então, comparando com o Flamengo, o Palmeiras perde de longe", disse José Trajano.

Corinthians se arrisca com Yuri Alberto

"Fale sobre Philippe Coutinho no Corinthians. Sobre Cristiano Ronaldo. E aí vem a realidade que é o Yuri Alberto ficando em troca de muitos jogadores promissores e ainda fica o Zenit com metade do Yuri Alberto caso ele seja vendido. Ou seja, é um 'Negócio da Rússia', não é um negócio da China. Para o Zenit é excelente, até por que o jogador não queria ficar lá, o país entrou em guerra, essa coisa toda. Mas se você analisar, dentro do mandato atual, quem pode dar retorno técnico? Esses jogadores que vão e vem, ou o Yuri Alberto. O Yuri Alberto. Então vamos resolver agora nosso problema e lá na frente vai ser de quem estiver para resolver", disse Mauro Cezar.

Tricolor coadjuvante

"Eu tenho a sensação que ser figurante, nos últimos tempos, é o que dá. Está se acostumando com isso. Eu tenho gente próxima que torce pelo São Paulo e eles estão se contentando com essa coisa de ser figurante. Por que? Eles não acreditam, quando vai começar uma temporada, quando olha para o elenco, vê as contratações, eles não acreditam. Como não estão acreditando agora. O São Paulo foi beber na fonte do futebol americano, do soccer. De onde é o zagueiro que vai jogar? De onde era esse equatoriano? O São Paulo vai trazer o Pato de volta? É um negócio meio de doido. Então o torcedor são-paulino, de uns tempos para cá, e faz tempo, já está se acostumando com o São Paulo ser o figurante no Campeonato Brasileiro, e no Paulista ainda tentar um brilhareco", disse Trajano.

Confira o programa na íntegra