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Tite rescinde, e CBF inicia oficialmente busca por novo técnico da seleção

Do UOL, no Rio de Janeiro

17/01/2023 14h41

Classificação e Jogos

Após seis anos e meio, a passagem de Tite como técnico da seleção brasileira se encerrou. Junto com sua comissão, o treinador rescindiu o contrato na tarde de hoje (17) na sede da CBF e a entidade iniciou, oficialmente, a busca pelo novo comandante.

  • Tite preferiu não dar entrevista, mas foi ao encontro dos jornalistas presentes no saguão somente para agradecer a convivência:

"Quem está aqui é o Adenor, e não o Tite. Vim somente para agradecer o carinho de vocês neste período".

  • O treinador ganhou o abraço também de funcionários da CBF que estavam na recepção.

Rescisão foi mera formalidade

Tite conversa com jornalistas de maneira informal na CBF: preferiu não dar entrevista e agradeceu pelo carinho - Bruno Braz / UOL - Bruno Braz / UOL
Tite conversa com jornalistas de maneira informal na CBF: preferiu não dar entrevista e agradeceu carinho
Imagem: Bruno Braz / UOL

  • Tite já havia informado antes da Copa do Mundo do Qatar que não continuaria no cargo em 2023.
  • A seleção foi eliminada no Mundial nas quartas de final para a Croácia.
  • Quatro anos antes, na Copa da Rússia, Tite também amargou uma eliminação nas quartas, só que para a Bélgica.
  • Junto com Tite, deixam a seleção brasileira os auxiliares Cléber Xavier, César Sampaio e Matheus Bacchi (filho de Tite), além do preparador físico, Fabio Mahseredjian; do fisiologista Guilherme Passos; e dos analistas de desempenho Thomaz Koerich e Bruno Baquete.
  • Outro que deixará a seleção em breve é o diretor de Desenvolvimento do Futebol, Juninho Paulista, que estava desde abril de 2019.

Matheus Bacchi (auxiliar e filho de Tite) e Fábio Mahseredjian (preparador físico) também não ficam na seleção - Bruno Braz / UOL - Bruno Braz / UOL
Matheus Bacchi (auxiliar e filho de Tite) e Fábio Mahseredjian (preparador físico) também não ficam na seleção
Imagem: Bruno Braz / UOL

CBF tem preferência por estrangeiros

Com sonhos distantes e nenhuma unanimidade, o presidente da CBF, Ednaldo Rodrigues, encontra dificuldade para definir o substituto.

  • A CBF prefere um técnico estrangeiro com status de "inquestionável" e, de preferência, que fale português ou espanhol.
  • Essas características diminuem as opções drasticamente. O espanhol Pep Guardiola (Manchester City) e o italiano Carlo Ancelotti (Real Madrid) não estão disponíveis.
  • Guardiola não demonstrou interesse após um contato inicial da CBF. "Já lhes disse que é impossível", disse o agente do treinador ao UOL Esporte. Ancelotti quer cumprir o contrato no Real até 2024.
  • O presidente Ednaldo tem outros nomes europeus em pauta, mas não vê nenhum com o mesmo patamar de unanimidade.

E os brasileiros?

A preferência da CBF é por estrangeiros, mas a confederação não descarta opções atualmente no Brasil.

  • Nenhum dos brasileiros teria grande aceitação como ocorreu com o próprio Tite.
  • Dentre os cotados, o UOL apurou que Fernando Diniz, Dorival Júnior, Cuca e Mano Menezes não foram procurados até agora.
  • Multicampeão no Palmeiras, o português Abel Ferreira também não foi convidado, apesar de ter entusiastas na confederação.
  • A ideia é definir o comando técnico em fevereiro. A próxima data-Fifa é no fim de março.

Reformulação

O presidente Ednaldo Rodrigues ainda avalia se contratará um novo diretor. Existe a ideia na CBF de um dirigente profissional, mas a questão ainda não foi concluída. Juninho Paulista sairá.

O atual presidente da CBF, ao contrário de antecessores, gosta de futebol e assiste bastante a jogos. Essa é sua primeira escolha de técnico, o que aumenta a pressão por acerto. Ele se elegeu no ano passado ao cargo.