Jornal: Dani Alves se contradiz e alega 'relação consensual' em depoimento
Daniel Alves entrou em contradição durante depoimento prestado hoje (20) ao Tribunal de Justiça de Barcelona, de acordo com relato do jornal espanhol "El Periódico".
O jogador, que responde por crime de agressão sexual, teria admitido ter mantido "relações consensuais" com a mulher que o acusa de estupro. O caso aconteceu em 30 de dezembro do ano passado, em uma balada na cidade espanhola.
Versão conflita com vídeo feito por Daniel Alves em 5 de janeiro. Na época, ele negou qualquer tipo de abuso, afirmou que estava apenas dançando na boate e que nem sequer conhecia a menina.
Contradição contribuiu para detenção. Ainda segundo a publicação espanhola, a juíza Maria Concepción Cantón Martín decretou a prisão provisória de Daniel Alves sem a possibilidade de fiança diante da divergência nos relatos e das evidências encontradas pelas investigações até o momento.
Outros elementos teriam ajudado na decisão:
- A palavra da vítima, que disse ter sido agredida e forçada a transar com o jogador no banheiro do local.
- Os elementos trazidos pela investigação: laudos periciais, impressões digitais, câmeras de segurança e depoimentos das pessoas presentes na boate.
- Os vídeos das câmeras de segurança da Sutton, vistos pela própria juíza, que mostram Daniel Alves entrando no banheiro da área VIP.
- As investigações encontraram resíduos de sêmen no local.
- Não ter endereço fixo na Espanha e, por isso, poder fugir do país.
- Possibilidade de Daniel Alves obstruir as investigações estando em liberdade.
Veículos que cobrem o caso estão entre os principais da Espanha. O El País é o maior jornal local, enquanto a Cadena SER é a rede de rádio mais antiga e mais ouvida da Espanha. O diário El Periódico é um dos mais importantes da Catalunha, com tiragem de quase 100 mil exemplares.
Procurada pelo UOL após a detenção, a assessoria de imprensa do jogador informou que ainda aguarda informações da defesa do lateral.
Como denunciar violência sexual
Vítimas de violência sexual não precisam registrar boletim de ocorrência para receber atendimento médico e psicológico no sistema público de saúde, mas o exame de corpo de delito só pode ser realizado com o boletim de ocorrência em mãos. O exame pode apontar provas que auxiliem na acusação durante um processo judicial, e podem ser feitos a qualquer tempo depois do crime. Mas por se tratar de provas que podem desaparecer, caso seja feito, recomenda-se que seja o mais próximo possível da data do crime.
Em casos flagrantes de violência sexual, o 190, da Polícia Militar, é o melhor número para ligar e denunciar a agressão. Policiais militares em patrulhamento também podem ser acionados. O Ligue 180 também recebe denúncias, mas não casos em flagrante, de violência doméstica, além de orientar e encaminhar o melhor serviço de acolhimento na cidade da vítima. O serviço também pode ser acionado pelo WhatsApp (61) 99656-5008.
Legalmente, vítimas de estupro podem buscar qualquer hospital com atendimento de ginecologia e obstetrícia para tomar medicação de prevenção de infecção sexualmente transmissível, ter atendimento psicológico e fazer interrupção da gestação legalmente. Na prática, nem todos os hospitais fazem o atendimento. Para aborto, confira neste site as unidades que realmente auxiliam as vítimas de estupro.
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