Gol de investigado por estupro revolta torcedores da Ponte: 'Nem comemorei'
A Ponte Preta venceu o XV de Piracicaba fora de casa, ontem (21), por 2 a 1. O gol da vitória que colocou o time na liderança da Série A2 do Campeonato Paulista foi marcado aos 29 minutos do segundo tempo, mas o sábado passou longe de ser só festa para torcedores do time de Campinas. Isso se deve ao nome do autor do segundo gol, o atacante Dudu Hatamoto, de 19 anos.
- Dudu foi indiciado por estupro pela Polícia Civil do Estado do Rio de Janeiro em outubro do ano passado.
- Na época, o atacante defendia o Botafogo-SP. O crime teria acontecido na madrugada do dia 26 de setembro, após a conquista do acesso do time do interior paulista da Série C para a Série B do Campeonato Brasileiro.
- Outros dois jogadores do Botafogo-SP também foram indiciados: João Diogo, que está jogando na Aparecidense (Goiás), e o argentino Lucas Delgado.
- A mulher que acusa o trio de jogadores de crimes de violência sexual diz no boletim de ocorrência que Dudu mordeu seus seios, tentou agarrá-la à força e a agrediu quando ela se recusou a manter relações sexuais com ele.
- Dudu nega as acusações e o caso ainda não foi a julgamento.
Dudu foi inscrito como jogador da Ponte Preta sem ter sido anunciado. A contratação revoltou muitos torcedores nas redes sociais. A justificativa do clube foi que "a Ponte Preta não faz julgamento e nem tem o poder de condenar ninguém" e que a contratação de Dudu "se deu por questões absolutamente técnicas". "Hoje, não há qualquer motivo que o impeça de exercer sua profissão", afirmou um comunicado do clube no dia 11 de janeiro.
Dudu atuou nos três jogos da Série A2, sendo dois como titular sob o comando do técnico Hélio dos Anjos. Neste sábado, ele saiu do banco de reservas para marcar o gol da vitória contra o XV de Piracicaba. Nas redes sociais, a reação de torcedores foi de irritação na caixa de comentários da postagem que informou o gol do atacante. "Quando vi quem fez o gol, nem comemorei", diz uma das respostas com mais visualizações.
Como denunciar violência sexual
Vítimas de violência sexual não precisam registrar boletim de ocorrência para receber atendimento médico e psicológico no sistema público de saúde, mas o exame de corpo de delito só pode ser realizado com o boletim de ocorrência em mãos. O exame pode apontar provas que auxiliem na acusação durante um processo judicial, e podem ser feitos a qualquer tempo depois do crime. Mas por se tratar de provas que podem desaparecer, caso seja feito, recomenda-se que seja o mais próximo possível da data do crime.
Em casos flagrantes de violência sexual, o 190, da Polícia Militar, é o melhor número para ligar e denunciar a agressão. Policiais militares em patrulhamento também podem ser acionados. O Ligue 180 também recebe denúncias, mas não casos em flagrante, de violência doméstica, além de orientar e encaminhar o melhor serviço de acolhimento na cidade da vítima. O serviço também pode ser acionado pelo WhatsApp (61) 99656-5008.
Legalmente, vítimas de estupro podem buscar qualquer hospital com atendimento de ginecologia e obstetrícia para tomar medicação de prevenção de infecção sexualmente transmissível, ter atendimento psicológico e fazer interrupção da gestação legalmente. Na prática, nem todos os hospitais fazem o atendimento. Para aborto, confira neste site as unidades que realmente auxiliam as vítimas de estupro.
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