Palmeiras e Flamengo decidem a Supercopa do Brasil no estádio Mané Garrincha, em Brasília, no sábado, com o time de Abel Ferreira vindo de protestos da torcida contra a diretoria, incluindo pichações no Allianz Parque, enquanto o de Vítor Pereira passa por ajustes visando também o Mundial de Clubes.
No UOL News Esporte, Eduardo Tironi afirma que a decisão parece ter mais peso para o clube paulista justamente pelo momento conturbado e a falta de reposição para duas peças importantes como Danilo e Gustavo Scarpa, que foram para o Nottingham Forest, da Inglaterra.
"Me parece que essa decisão, essa Supercopa, é meio que uma bala de prata para o Palmeiras, para o Flamengo nem tanto porque o Flamengo você vê um horizonte. Chegou jogador, vem o Mundial, o técnico acabou de chegar. No Palmeiras parece que a conquista da Supercopa vai balizar uma temporada turbulenta ou não, é a impressão que me dá, porque já tem pichação na parede, já tem rompimento de organizada com presidente, só uma vitória vai dar uma acalmada".
"No caso do Flamengo me parece que não, tem coisa pela frente, tem horizonte pela frente, é o começo de um trabalho. É claro que sequelas sempre existirão em qualquer derrota, não tem jeito, mas acho que para o Palmeiras seria pior e acho que ele entra mais fragilizado nesta decisão".
Final da Copinha mostra tendência
"É importante a gente olhar essa final da Copinha porque os dois times que chegam na final são dois times com muitos jogadores bons e essencialmente com muitos jogadores muito fortes fisicamente, tem uma diferença física do Palmeiras e do América para todos os outros times que é de se notar", diz Tironi.
"É uma final equilibrada e simbólica do que é o futebol deste século, deste momento que a gente vive no mundo, o futebol físico, o Palmeiras tem jogadores físicos e alguns muito bons, como por exemplo o Pedro Lima, que é um ótimo jogador e no América também tem bons jogadores, mas a atenção é voltada para isso, como esses times são fisicamente muito fortes", completa.
Jogando assim em clássico...
"O Lázaro tem que fazer mudanças nesse sistema na parte defensiva porque esse elenco, não é questão de tempo, que vai encaixar, esses jogadores envelhecidos não vão funcionar defensivamente. Se jogar assim, não ganha os grandes jogos, esse é o meu ponto. Jogar o que jogou não ganha do São Paulo no Morumbi, onde não ganha desde 2017, por exemplo", diz Vitor Guedes.
Elenco do Corinthians não é fácil
"O problema do Lázaro é que quem bancou ele, quem fez lobby por ele foram os cascudos do elenco, que é quem manda no vestiário. É uma equação complicada que você é bancado por esses caras e para o time dar certo não dá para jogar todos eles. Como esses caras vão reagir quando não jogarem? A gente só vai saber se o Lázaro vai ser treinador do Corinthians ou não quando ele tiver que tirar esses caras e como vai ser a reação", afirma Vitão.
São Paulo está à frente do Corinthians
"O São Paulo parece em um estágio além do Corinthians. É engraçado porque trocou muitos jogadores, mas a impressão que dá é que o time está, não melhor treinado, porque é difícil dizer no começo assim de temporada, mas parece que já tem o entendimento mais claro do trabalho do Rogério Ceni no elenco novo do São Paulo, tem cara chegando e jogando, isso ficou claro no segundo jogo contra a Ferroviária, no jogo contra o Palmeiras o São Paulo se comportou bem, hoje em dia comemorar empate fora de casa contra um grande não é ruim", diz Tironi.
Novo empate seria frustrante
"O São Paulo está mais pronto e eu acho sim que clássico hoje em dia não é mais clássico, quando você fala em clássico, você fala em duas torcidas, duas cobranças, agora é um time só, no seu estádio. Para o São Paulo, assim como foi frustrante para o Palmeiras empatar no Allianz Parque, para o São Paulo um empate no Morumbi será frustrante", diz Vitão.
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