Torneio criado por Piqué tem regras malucas e mais audiência do que Barça
A Kings League é um campeonato de futebol society com regras peculiares para atrair o público jovem.
- Há cartas com "armas secretas" para ganhar um pênalti ou dobrar o valor dos gols, por exemplo.
- Também há regras diferentes do futebol, com desafio de VAR e uma câmera no árbitro.
- Estão envolvidos Piqué, Aguero, Casillas e Ibai Llanos, um dos maiores streamers do mundo.
- Em março, as semifinais e final serão jogadas no estádio do Barcelona.
São 12 times, cada um deles administrado por um ex-jogador ou streamer famoso. Os jogos de futebol de 7 têm dois tempos de 20 minutos e são disputados todo domingo em um complexo esportivo de Barcelona. Após 11 rodadas, tem o mata-mata, que termina na decisão em 26 de março, no estádio Camp Nou.
Tem mais audiência do que o Campeonato Espanhol. A Kings League passa na Twitch e no YouTube e tem média superior a 300 mil visualizações por rodada, mais do que a maioria dos jogos de La Liga. Em 31 de dezembro, a estreia do torneio de Piqué esteve em cerca de 800 mil aparelhos, quase 200 mil a mais do que o clássico entre Barcelona e Espanyol. Toda a estrutura é pensada para o vídeo, pois presencialmente são menos de 300 convidados por jogo.
O presidente de La Liga já chamou a Kings League de "circo". Dias depois, Aguero apareceu no torneio vestido de palhaço. O argentino entrou em campo e fez gol no tempo normal, mas errou um shootout, e seu time acabou derrotado. Neste dia a liga bateu recorde de audiência, com pico de 1,37 milhão de aparelhos na live.
As regras diferentes:
Cada time começa o jogo com uma "carta de ouro", que pode criar regras novas durante a partida, por exemplo:
- Dobrar o valor dos gols marcados nos 60 segundos seguintes.
- Ganhar um pênalti automaticamente.
- Expulsar um jogador adversário.
- Roubar a carta de ouro do adversário.
As substituições são ilimitadas e não há empates. Se preciso, o jogo é definido por shootout. O cartão amarelo dá dois minutos de suspensão. O vermelho expulsa o jogador, mas outro pode substituir. Os times podem acionar o VAR, mas perdem este direito se pedir uma vez e a arbitragem não mudar a decisão.
Os times foram formados via peneiras. Os interessados se inscreveram e passaram por uma seleção antes de serem escolhidos pelos times por draft, no estilo dos esportes americanos, ou seja, cada equipe escolhendo um jogador por vez. Na maioria, são atletas que não conseguiram jogar profissionalmente, mas também há convidados como Chicharito Hernández e o ex-jogador Saviola.
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