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Abel diz que pichações foram 'bom presságio' para título do Palmeiras

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Do UOL, em Santos (SP)

28/01/2023 20h25

O técnico Abel Ferreira valorizou a força mental do Palmeiras e afirmou que as pichações do início da semana foram "bom presságio" para o título da Supercopa do Brasil de hoje, na vitória por 4 a 3 sobre o Flamengo no Mané Garrincha.

Veja abaixo as respostas de Abel Ferreira:

Preparação mental: "Sabemos o quanto está em jogo e às vezes queremos fazer diferente. Um ambiente espetacular. É o segundo ou terceiro jogo decisivo em Brasília. Reagimos bem a isso. Estivemos focados e tranquilos para os momentos do jogo. Jogo que provou a nossa força mental".

Reclamações contra a arbitragem e expulsão: "Está o juiz, bandeirinha e mais dois e ninguém viu que era escanteio? Fui expulso por isso. Como é possível o melhor árbitro [Wilton Pereira Sampaio] não ver que era canto? Meus jogadores mantiveram seu nível, fizemos substituições para segurar o resultado enquanto o Vítor Pereira arriscou tudo. Foi vitória justa da melhor equipe durante os 90 minutos".

Cobrança da torcida por reforços e pichações no Allianz Parque: "É fácil preparar, mas não jogamos contra o Ituano com a melhor equipe. Nos adaptamos ao calendário do Estadual. Se a Federação Paulista desse o tempo... Mas não deu, e procuramos soluções. Precisamos de jogadores, falei de reforços, mas nada é melhor que nosso jogo coletivo. Disse antes, digo agora e sempre disse. As pichações no muro e contestações acontecem sempre e acabam sendo bom presságio. Está aqui o resultado, trabalhamos duro e no silêncio e o resultado fala por nós".

Preparação física: "Vocês sabem que demos 45 dias de descanso aos jogadores e fomos o último time a voltar. Os jogadores, em meados de dezembro, começaram a trabalhar em casa. Fizemos todas as avaliações e comparamos com o fim da temporada. Nós, internamente, sabíamos que estaríamos top fisicamente nessa competição. Estamos melhores que nosso adversário. Organização é elas por elas, do outro lado há um grande treinador e grandes jogadores. Mas nosso time nunca se rende. Mantivemos nosso foco com as alterações de resultados. Conseguimos bem manter o ritmo com as nossas trocas. Nosso adversário não conseguiu nos bloquear no primeiro tempo, no segundo o Flamengo melhorou. Gabigol anda por todo lado, Everton e Arrascaeta idem. Estrutura mais física dos zagueiros e primeiro volante, mas todos os outros se movem muito. Isso com bola é bom, mas sem bola há espaços e posições não preenchidas. Aproveitamos bem. Não sei pra onde vamos, mas nosso desejo de ganhar é o mesmo. Faremos tudo que for preciso para chegarmos às decisões e conquistarmos títulos. Não prometo títulos, mas temos jogadores com caráter e personalidade muito fortes".

Orgulho do trabalho: "Quando um dos meus netos ou netas me perguntarem, vou falar que tinha orgulho de ser treinador daqueles jogadores. O nível de compromisso, de comprometimento... Sabem o que o Guardiola disse? Da equipe jogar bem, mas que algumas coisas se sentem. E eu sinto isso, sinto esse desejo. Difícil explicar em palavras. Eu sinto que esses jogadores querem ser melhores a cada dia e incorporam o hino do clube. Isso me orgulha, é tudo que eu desejo e que fui como jogador. Entregam atitude e espírito de jogo, onde a soma do todo é mais forte que o individual, são premissas minhas pessoais que vejo na minha equipe. É um grande orgulho ser treinador deles".

Entrada do Mayke como ponta: "Vocês precisam entender uma coisa: se analisarem um bocado o Flamengo, o Ayrton assiste muito. Depois de estarmos acima do resultado, sabíamos que ele ia atacar muito mais. A função do Mayke era investir e segurar o Ayrton, eu tinha que ter mexido dois minutos antes. Mayke é bom tecnicamente e faz bem lateral e ponta. Se vocês repararem, a dobra com o Gomez ao Rocha era para o Gomez marcar o Pedro. Fiz essa substituição e demos mais profundidade ao Rony. A ideia era equilibrar a equipe. Ayrton se mandaria mais, mas teríamos saída. E guardei o Breno para entrar do outro lado. Era o que estava na minha cabeça".

Endrick: "Deve estar imensamente feliz, vendo a idade que tem, o contexto do jogo. Todos esses jogos são fantásticos para crescer e amadurecer. No pênalti, ele vem brigar no último terço, era para o Veiga brigar ali, esse não é o movimento do Endrick, ele tem que estar na zona do gol. Tem que ser servido. Há aspectos e detalhes que ele precisa melhorar".

Dois gols de Gabriel Menino: "Temos uma forma de gerir e não mudamos pelo resultado. Não mudaríamos se perdêssemos. [Gabriel Menino] trabalha muito. Conversei o Zé e com o Gómez, dois jogadores que têm muita cabeça. E eu falei que preciso de ajuda deles para orientar taticamente. Tecnicamente é muito bom, mas taticamente precisa evoluir. Fez um jogo como merece e espero que mantenha o pé no chão. Que não olhe nem para cima e nem para baixo. Se andar outras vezes a passarinhar por realidades virtuais, vai ser difícil".

Pressão da torcida por reforços: "Não é do torcedor, é da torcida organizada. E não quero me meter em questões políticas. Tenho certeza que as organizadas se orgulham, assim como todos os torcedores. É fruto de muito trabalho. Temos respeito das organizadas e de todos. Esse grupo trabalha e se dedica. Não há reforço mais forte que a força coletiva desse time".

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