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Jornal: Daniel Alves joga bola na prisão e funcionários param para vê-lo

Daniel Alves em jogo entre PSG e Olympique, em 2017 - Jean Catuffe/Getty Images
Daniel Alves em jogo entre PSG e Olympique, em 2017 Imagem: Jean Catuffe/Getty Images

Do UOL, em São Paulo (SP)

29/01/2023 08h25

Daniel Alves jogou bola pela primeira vez desde que foi preso acusado de agressão sexual por uma jovem de 23 anos.

  • Segundo o jornal espanhol La Vanguardia, na última quinta-feira (26), o atleta se animou a jogar futebol com seus companheiros no Centro Penitenciário de Brians 2.
  • Todos os funcionários da prisão ficaram sabendo da notícia e pararam para assistir ao jogador que é ídolo do Barcelona -- desde os diretores aos carcereiros.
  • A movimentação foi tanta para assistir Daniel Alves jogar, que a prisão decidiu colocar uma tela que impede a visão dos vizinhos do jogador.
  • A direção de Brians 2 quer que os demais prisioneiros voltem a fazer suas atividades normais, e o lateral consiga jogar bola sem tanto público.

O que aconteceu:

  • Daniel Alves está preso preventivamente desde a última sexta (20), acusado de estuprar uma jovem de 23 anos em uma boate em Barcelona no fim do ano passado.
  • Daniel Alves foi prestar depoimento sozinho na sexta. Ele deu sua versão diante da juíza Maria Concepción Canton Martín, mas caiu em contradição com relação ao primeiro depoimento.
  • O Ministério Público e a defesa da mulher que denunciou a agressão sexual pediram prisão provisória e a juíza aceitou o pedido, sem direito a fiança.
  • O Pumas (MEX) rescindiu seu contrato com Daniel Alves por justa causa depois da detenção.
  • O brasileiro vai ficar preso até a investigação terminar. Autoridades espanholas estão tomando depoimento de testemunhas, fazendo a perícia do local e avaliando os exames médicos.
  • Ele pode pegar até 12 anos de prisão se julgado culpado.

Como denunciar violência sexual

Vítimas de violência sexual não precisam registrar boletim de ocorrência para receber atendimento médico e psicológico no sistema público de saúde, mas o exame de corpo de delito só pode ser realizado com o boletim de ocorrência em mãos. O exame pode apontar provas que auxiliem na acusação durante um processo judicial, e podem ser feitos a qualquer tempo depois do crime. Mas por se tratar de provas que podem desaparecer, caso seja feito, recomenda-se que seja o mais próximo possível da data do crime.

Em casos flagrantes de violência sexual, o 190, da Polícia Militar, é o melhor número para ligar e denunciar a agressão. Policiais militares em patrulhamento também podem ser acionados. O Ligue 180 também recebe denúncias, mas não casos em flagrante, de violência doméstica, além de orientar e encaminhar o melhor serviço de acolhimento na cidade da vítima. O serviço também pode ser acionado pelo WhatsApp (61) 99656-5008.

Legalmente, vítimas de estupro podem buscar qualquer hospital com atendimento de ginecologia e obstetrícia para tomar medicação de prevenção de infecção sexualmente transmissível, ter atendimento psicológico e fazer interrupção da gestação legalmente. Na prática, nem todos os hospitais fazem o atendimento. Para aborto, confira neste site as unidades que realmente auxiliam as vítimas de estupro.