Daniel Alves: veja o que aconteceu nos últimos dias e atual cenário do caso
A prisão de Daniel Alves agita o noticiário desde o dia 20 e acumula uma série de episódios polêmicos, que vão desde a contradição em audiência até os detalhes do que teria acontecido na boate Sutton, em Barcelona, em dezembro.
O UOL fez uma nova cronologia com os detalhes dos últimos dias do caso envolvendo o lateral da seleção brasileira.
20 de janeiro: a prisão
A juíza espanhola María Concepción Cantón Martín determinou a prisão provisória e sem direito a fiança de Daniel Alves horas depois de o jogador falar às autoridades.
O brasileiro, aliás, entrou em contradição ao falar sobre o caso. Segundo o "El Periódico", ele teria admitido "relações consensuais" com a mulher, versão que conflita com o que foi dito no dia 5 de janeiro, quando afirmou "não conhecer" a denunciante.
21 de janeiro: o primeiro dia
O jogador esteve cabisbaixo, silencioso e sem fome em suas primeiras horas na penitenciária Brians 1, na Espanha.
Ele também não realizou a ligação telefônica a que tem direito porque não se lembrava de nenhum número, já que estava sem celular.
22 de janeiro: rixa familiar exposta
Ney Alves, irmão de Daniel Alves, contou que há um impasse entre a família e a ex-esposa do lateral, Dinorah Santana, sobre o responsável pela defesa do atleta brasileiro na Espanha.
Naquele dia, a assessoria do jogador afirmou ao UOL que "o irmão não fala com Daniel há anos e que não tem gerência e autonomia sobre nada que se refere ao Daniel Alves".
23 de janeiro: transferência de presídio
O lateral foi transferido para a prisão de Brians 2, a poucos metros de Brians 1. A decisão foi tomada pela Secretaria de Medidas Penais, Reinserção e Atenção à Vítima do Departamento de Justiça da Catalunha.
A transferência aconteceu por motivos de segurança: Brians 2 tem cerca de 80 detentos por módulo, contra quase 200 de Brians 1. A ideia das autoridades de Justiça é reduzir o impacto da presença do brasileiro na rotina normal de funcionamento da prisão.
24 de janeiro: novas testemunhas
Uma amiga da mulher que acusa Daniel Alves de agressão sexual disse que foi tocada nas partes íntimas pelo jogador na Sutton.
Um garçom, um porteiro e o gerente da boate — além de uma prima da vítima — também foram ouvidos e acabaram embasando a prisão do brasileiro.
25 de janeiro: mudanças na defesa
Daniel Alves ganhou o reforço de um famoso advogado em sua equipe de defesa. A atuação de Cristóbal Martell Pérez-Alcalde indica uma guinada na estratégia do jogador diante da Justiça espanhola.
Martell já trabalhou em muitos casos conhecidos na Espanha. Em boa parte deles, a ação teve o objetivo de firmar acordos judiciais ou extrajudiciais que amenizassem os danos para os clientes, alguns antes mesmo do julgamento.
Miraida Puente Wilson foi a primeira advogada à frente do caso, mas sua atuação desagradou familiares, amigos e parte do estafe de Daniel Alves porque ela é uma profissional mais generalista, não especializada em direito penal.
25 de janeiro: advogada fala ao UOL
Ester García Lopez, advogada da vítima, falou com exclusividade ao UOL Esporte por mais de uma hora, na primeira entrevista concedida por ela a um veículo de imprensa
A profissional revelou que o dia a dia da sua cliente tem tratamento psiquiátrico para amenizar noites insones, medicações antivirais para evitar infecções sexualmente transmissíveis e fuga dos conteúdos de televisões e sites de notícias.
Segundo a advogada, o jogador não teria utilizado preservativo em meio aos atos sexuais. Diante disso, a mulher que acusa Daniel está fazendo um tratamento pesado com um coquetel de medicações antivirais. Ela ainda afirmou não querer dinheiro diante do caso.
Ela me olhou e disse: 'Ester, eu tenho a sorte de ter boas condições de vida e não quero indenização, quero prisão'. Eu disse que ela tinha direito, apesar de não querer, mas ela permaneceu contundente. 'Se tiver dinheiro de indenização envolvido, eu não vou contratar você'" falou a advogada ao UOL
26 de janeiro: mãe de Daniel Alves aparece
Lúcia Alves, mãe de Daniel Alves, se reuniu com os advogados do jogador em Barcelona. Ela foi abordada pelos jornalistas locais e não falou nenhuma palavra, mas indicou que confia na inocência do filho concordando ao balançar a cabeça.
Ney Alves, irmão de Dani, também está na Espanha para apoiar o atleta. Em entrevista a uma emissora local, ele afirmou que seu irmão caiu em uma armadilha, e que a família não vai desistir de salvar a carreira do jogador.
27 de janeiro: a vida do lateral na prisão
Segundo o jornal espanhol El Mundo, o jogador pediu restrição do números de pessoas com quem ele pode se comunicar na prisão Brians 2.
O atleta quer se concentrar na preparação para uma linha de defesa que o tire da prisão o mais rápido possível. O brasileiro deseja apenas advogados e familiares mais próximos com acesso à penitenciária.
Daniel recebeu um cartão pré-pago para ser gasto em compras dentro da nova unidade prisional. Entre os itens da compra feita por ele estão quatro latas de atum, quatro iogurtes, um desodorante e energético. Ele tem recusado ter televisão — para não receber notícias externas — e também tem recusado comprar uma roupa de treinos para usar na academia da unidade.
28 de janeiro: ações da defesa
Um dos recursos que o advogado do brasileiro quer pedir é que ele saia da prisão e seja monitorado por uma tornozeleira eletrônica. Com o aparelho, a defesa acredita eliminar o argumento de risco de fuga, que é o que o mantém preso provisoriamente.
Cristóbal Martell também falou sobre a contradição do jogador. Ele explicou à TVE os motivos que fizeram o jogador mudar sua versão sobre o que ocorreu na boate Sutton: além do "choque" diante do local, o lateral tentou esconder a infidelidade da esposa, mas voltou atrás.
A defesa quer provar de Daniel Alves não tentará deixar o país até o dia de seu julgamento, ainda sem data marcada.
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