Abel Ferreira chegou ao sétimo título como técnico do Palmeiras com a conquista da Supercopa do Brasil. Criticado pelo comportamento à beira do campo, o treinador se tornou em pouco tempo um símbolo do clube. No Fim de Papo, apresentado de segunda a segunda às 18h por Eduardo Tironi, a colunista Milly Lacombe afirmou que Abel decifrou o jeito de ser palmeirense, mas precisa maneirar sua forma de agir durante os jogos.
Não são só os títulos, o Abel conseguiu entender o estado de espírito do que é ser palmeirense. Colocou em outra dimensão o ser palmeirense, o que significa isso, faz a torcida torcer de outro jeito, ele mobiliza sentimentos."
"Eu sou dessas que acha que tem que ter estátua mesmo, já se justifica uma estátua do Abel, mas como diz o clichê grandes poderes trazem grandes responsabilidades. Quando ele está na beira do campo e ele reage de um jeito violento, tem crianças e homens vendo seu grande ídolo máximo", disse Milly.
A colunista do UOL acrescentou que, com esse misto de personalidade forte e competência, Abel já transformou a história do futebol brasileiro.
Então se trata de tudo isso, esse é o tamanho do Abel no nosso futebol já. Há dois anos ninguém sabia quem era o Abel, e agora ele transformou o nosso futebol para sempre." Milly Lacombe
Julio Gomes: 'Abel Ferreira é a cópia de José Mourinho'
O colunista Julio Gomes disse que o temperamento intempestivo de Abel Ferreira não é novidade no futebol e o comparou ao compatriota José Mourinho.
"O Abel é a cópia escrita do Mourinho no jeito de jogar e na maneira de fazer as pessoas se apaixonarem e odiarem. Mourinho era uma figura muito carismática, muito vencedora, muito campeã e sem papas na língua, com reações expansivas à beira do campo."
Julio Gomes sobre Wallace: 'Não podemos normalizar essas coisas'
O jogador de vôlei Wallace foi afastado pelo seu clube, o Sada Cruzeiro, após incitar um tiro contra o presidente Luis Inácio Lula da Silva (PT). Na opinião de Julio Gomes, a sociedade brasileira não pode mais tolerar atos violentos como esse.
"Isso é caso de polícia, temos que parar de normalizar esse tipo de coisa. Será que o 8 de janeiro não ensinou nada? A gente precisa como sociedade parar de normalizar, isso não é liberdade de expressão, é crime", argumentou Julio, lembrando os atos terroristas contra as sedes dos Três Poderes no início do mês.
Andrei Kampff analisa os limites da liberdade de expressão
Advogado e jornalista, o colunista do UOL Anfrei Kampff condenou Wallace pela postagem e refletiu sobre os limites da liberdade de expressão. Ele ponderou que o Estado não pode ser onipotente, defendeu critérios objetivos e exemplificou como os EUA encaram o assunto (assista acima).
"Eu condeno a atitude do Wallace, sou contra armas, não tenho e sou contra esse discurso de ódio repetido na internet. Só que tenho muito medo da punição à manifestação de expressão, se a gente começar a tipificar e condenar tudo aquilo que as pessoas dizem, daqui a pouco o Estado vai estar nos calando, temos que ter muito cuidado com isso (...) A liberdade de expressão tem limite e precisa ter limite."
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