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Porteiro, garçom e amiga: Justiça convoca testemunhas do caso Daniel Alves

Gabriel Carneiro, Talyta Vespa e Thiago Arantes

Do UOL e colaboração para o UOL, em São Paulo e Barcelona

02/02/2023 14h42

Uma série de testemunhas foi convocada para prestar depoimento sobre a acusação de agressão sexual que mantém Daniel Alves preso provisoriamente há duas semanas, em Barcelona.

  • A leva de depoimentos acontece já nesta sexta-feira (3), a partir de 10h locais (6h de Brasília).
  • As testemunhas vão comparecer à Cidade da Justiça, mesmo fórum em que Daniel Alves foi prestar depoimento no último dia 20 e acabou preso.
  • O grupo de testemunhas é considerado fundamental na investigação. Segundo apurou o UOL, estão listados garçons, porteiro e gerente da boate Sutton, onde o crime teria acontecido em 30 de dezembro de 2022.
  • Além dos funcionários da boate, a amiga e a prima da denunciante -- que a acompanhavam naquela noite -- também são esperadas para prestar depoimento amanhã.
  • Algumas das testemunhas já prestaram depoimento à Polícia, mas agora os depoimentos serão para a Justiça.
  • Os depoimentos são importantes porque a defesa de Daniel Alves argumenta que há "inconsistência" na versão da denunciante. A ideia da Justiça é ter versões do que aconteceu na boate antes, durante e depois da suposta agressão sexual.

O gerente da boate foi o responsável por chamar a Polícia assim que soube do ocorrido e por isso foi convocado pela Justiça espanhola para prestar depoimento. Entre os garçons, há um que trabalhava na área vip da Sutton e informou à suposta vítima sobre o "interesse" de Daniel Alves. Também foi arrolado como testemunha o porteiro, que disse que a vítima estava "ansiosa" e dando sinais de que algo errado havia acontecido.

A amiga da denunciante afirmou que Daniel Alves apalpou, além da própria vítima, ela e outra pessoa que estava no mesmo grupo. Trata-se de denúncia de outro crime, o que pode complicar ainda mais a situação do jogador.

A defesa de Daniel Alves entregou nesta semana o recurso, pedido para que o jogador seja investigado em liberdade. A defesa tenta provar que a chance de o jogador deixar a Catalunha e voltar para o Brasil é nula. Entre as ações cautelares com as quais ele se compromete está o cumprimento de uma ordem de restrição que o proíbe de ter qualquer tipo de contato com a denunciante, bem como manter uma distância superior a 500 metros, além de pulseira eletrônica, fiança e entrega de passaportes.

O pedido ainda não foi apreciado e não há data para o julgamento. Se condenado por agressão sexual com violação, ou estupro, Daniel Alves pode pegar até 12 anos de prisão. A pena aumenta caso haja outros crimes.