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Daniel Alves: prima e amiga de denunciante dizem que também foram abordadas

Gabriel Carneiro e Thiago Arantes

Do UOL e colaboração para o UOL, em São Paulo e Barcelona

03/02/2023 14h14

A prima e uma amiga da mulher que acusa Daniel Alves de agressão sexual disseram hoje (3) à Justiça espanhola que o jogador também se aproximou delas na boate Sutton, em 30 de dezembro de 2022, "com intenções aparentemente sexuais". As declarações representam um desdobramento importante para o caso.

  • As duas novas denunciantes também estavam na boate no fim do ano passado e disseram à Justiça ter sido abordadas pelo jogador na área vip.
  • Advogada de acusação, Ester García López já havia dito ao UOL que "há outra mulher que foi tocada por ele".
  • Outras seis pessoas estiveram diante da juíza do caso nesta sexta-feira. São funcionários da boate Sutton: dois garçons, dois porteiros, o gerente e o proprietário da casa noturna.

Segundo apurou o UOL, as oito testemunhas reforçaram à Justiça pontos da versão da mulher que acusa Daniel Alves. Foram confirmações de esclarecimentos que já tinham sido prestados à Polícia anteriormente.

O gerente da boate foi o responsável por chamar a Polícia assim que soube do ocorrido e por isso foi convocado pela Justiça espanhola para prestar depoimento. Entre os garçons, há um que trabalhava na área vip da Sutton e informou à suposta vítima sobre o "interesse" de Daniel Alves. Também testemunhou o porteiro que disse que a vítima estava "ansiosa" e dando sinais de que algo errado havia acontecido, além das acompanhantes da mulher.

Um dos pontos mais importantes do depoimento das testemunhas diz respeito ao momento em que Daniel Alves e a denunciante vão ao banheiro onde teria acontecido a agressão sexual. A defesa do jogador brasileiro alega que a diferença de tempo entre a entrada de ambos no local caracteriza que a mulher foi por vontade própria até o local.

Segundo o jornal El Periódico, as duas acompanhantes da mulher que acusa Daniel Alves afirmaram que nenhuma das três sabia que o local era um banheiro, por falta de sinalização. Uma delas disse, segundo o jornal, que pensou se tratar de um fumódromo; a outra alegou que usou outro banheiro da discoteca, porque não sabia que havia um na área VIP.

A defesa de Daniel Alves entregou nesta semana o recurso, pedido para que o jogador seja investigado em liberdade. A defesa tenta provar que a chance de o jogador deixar a Catalunha e voltar para o Brasil é nula. O pedido ainda não foi avaliado e não há data para o julgamento. Se condenado por agressão sexual com violação, ou estupro, Daniel Alves pode pegar até 12 anos de prisão. A pena aumenta caso haja outros crimes.