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Jornal: Atletas do United não querem que acusado de estupro volte ao clube

Greenwood, atacante do Manchester United, teve seu contrato de patrocínio com a Nike rompido e foi retirado do Fifa 22 - Reprodução/Instagram
Greenwood, atacante do Manchester United, teve seu contrato de patrocínio com a Nike rompido e foi retirado do Fifa 22 Imagem: Reprodução/Instagram

Colaboração para o UOL, em Maceió

05/02/2023 12h40

Os jogadores do Manchester United não querem o retorno de Mason Greenwood ao convívio clube. Segundo o Daily Mail, da Inglaterra, eles temem que isso estrague o clima do vestiário, que, segundo uma fonte, 'é o mais feliz em muitos anos e ninguém quer mudar isso'.

Greenwood ainda é parte do elenco do clube no Campeonato Inglês, apesar de estar sem jogar desde janeiro do ano passado, quando as acusações da modelo e ex-namorada Harriet Robson surgiram.

O nome dele não entrou nas atualizações da Europa League na última sexta-feira (3), o que pode indicar que ele não será utilizado em breve. No começo da temporada, Greenwood foi nomeado para o time sub-21 da equipe.

Existem relatos na mídia inglesa de que Greenwood pode tentar reviver a carreira na China. Apesar de ter contrato com o United até 2025, a expectativa é de que o clube rescinda o vínculo, tornando-o livre no mercado.

Ele teve as acusações de violência sexual e tentativa de estupro retiradas pela promotoria inglesa durante a última semana, mas a equipe ainda não informou o que será feito em relação ao jogador.

Relembre o caso

Greenwood foi preso em janeiro do ano passado, acusado de agressão e violência sexual. Após ser interrogado por dois dias, foi liberado sob pagamento de fiança.

Em outubro, o jogador teria tentado contato com a vítima e foi detido novamente, sendo liberado quatro dias depois.

O atacante, que foi titular em alguns jogos na temporada 2020/21, segue suspenso do United. À época, a Nike decidiu revogar o patrocínio pessoal.

Segundo o "The Guardian", um porta-voz apontou que "não havia mais uma perspectiva realista de condenação", após uma combinação em que testemunhas importantes retiraram a cooperação à investigação e "um novo material vir à tona".

Michaela Kerr, chefe suplente de proteção pública da Polícia de Manchester disse que "dada a significativa cobertura da mídia deste caso, é justo compartilhar a notícia de que o homem de 21 anos não enfrenta mais processos criminais em relação a isso".

Por outro lado, Kerr ressaltou que "gostaria de aproveitar a oportunidade para reiterar o compromisso dos órgãos em investigar alegações de violência contra mulheres e meninas, e apoiar as pessoas afetadas".

Como denunciar violência sexual

Vítimas de violência sexual não precisam registrar boletim de ocorrência para receber atendimento médico e psicológico no sistema público de saúde, mas o exame de corpo de delito só pode ser realizado com o boletim de ocorrência em mãos. O exame pode apontar provas que auxiliem na acusação durante um processo judicial, e podem ser feitos a qualquer tempo depois do crime. Mas por se tratar de provas que podem desaparecer, caso seja feito, recomenda-se que seja o mais próximo possível da data do crime.

Em casos flagrantes de violência sexual, o 190, da Polícia Militar, é o melhor número para ligar e denunciar a agressão. Policiais militares em patrulhamento também podem ser acionados. O Ligue 180 também recebe denúncias, mas não casos em flagrante, de violência doméstica, além de orientar e encaminhar o melhor serviço de acolhimento na cidade da vítima. O serviço também pode ser acionado pelo WhatsApp (61) 99656-5008.

Legalmente, vítimas de estupro podem buscar qualquer hospital com atendimento de ginecologia e obstetrícia para tomar medicação de prevenção de infecção sexualmente transmissível, ter atendimento psicológico e fazer interrupção da gestação legalmente. Na prática, nem todos os hospitais fazem o atendimento. Para aborto, confira neste site as unidades que realmente auxiliam as vítimas de estupro.