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'Cristianomania' e boom nas redes: o efeito CR7 na Arábia Saudita

Cristiano Ronaldo veste a camisa 7 do Al-Nassr - Divulgação/Al-Nassr
Cristiano Ronaldo veste a camisa 7 do Al-Nassr Imagem: Divulgação/Al-Nassr

Colaboração para o UOL, em Santos (SP)

08/02/2023 12h00

Se dentro de campo ainda é muito cedo para mensurar a importância da chegada de Cristiano Ronaldo para o Al Nassr, fora dele já é possível comprovar os impactos da maior contratação da história do futebol da Arábia Saudita.

Tão logo Cristiano foi anunciado, as redes sociais de seu novo clube dispararam. O Instagram do Al Nassr ganhou três milhões de seguidores em apenas 24h após o anúncio, que aconteceu em 30 de dezembro. Hoje, são 12,8 milhões, número 16 vezes maior que o da era pré-CR7.

A 'Cristianomania', como classificou o jornal Marca, também tem sido comprovada na venda de camisas. Uma reportagem do diário espanhol aponta que cerca de 400 camisas do Al Nassr — com o número 7 nas costas, é claro — têm sido vendidas por dia na loja oficial do clube desde a chegada de CR7, cada uma no valor de 100 dólares, cerca de R$ 519 na cotação atual.

Já de acordo com o site português Sapo Desporto, o clube saudita já vendeu 2,5 milhões de camisetas desde o anúncio da contratação de CR7, o que totaliza cerca de US$ 250 milhões ou R$ 1,29 bilhão.

Outro ponto destacado pela imprensa portuguesa diz respeito à transmissão dos jogos da Arábia: 'E, de repente, todos querem ver a Liga Saudita', diz uma reportagem. Até o momento, 36 países compraram os direitos e agora exibem as atuações do craque do Al Nassr. Ainda não há notícias de acordo com o mercado brasileiro.

Vale lembrar que o clube saudita desembolsa uma quantia bilionária para contar com o português. Segundo a imprensa europeia, o acordo de CR7 com o Al Nassr prevê ganhos de quase 200 milhões de euros por ano (cerca de R$ 1,13 bilhão na cotação atual), entre salário e publicidade.

Nem tudo são flores

A contratação de um jogador como Cristiano Ronaldo também pode trazer prejuízos. Um deles foi citado pelo técnico Rudi García, que criticou a marcação do amistoso entre PSG e um combinado de Al Nassr e Al Hilal, outra equipe saudita.

"Como treinador do Al Nassr, não posso estar feliz com esta partida. Para o desenvolvimento, para ver o PSG, para ver os grandes jogadores parisienses, de fato é uma coisa boa. Mas temos um jogo do campeonato três dias depois", disse o treinador antes da partida.

O brasileiro Luiz Gustavo foi outro a encontrar um fator negativo para a presença de Cristiano Ronaldo na equipe.

"Certamente a presença de Cristiano torna as coisas mais difíceis para nós, já que todos os times querem jogar 200% contra ele, e no final todos sentem essa motivação", disse em entrevista à RT Arabic.

CR7 em campo

Com apenas três jogos oficiais na conta, CR7 acumula uma vitória, um empate e uma derrota — isso sem contar o revés no amistoso contra o PSG. Ele estreou com triunfo de 1 a 0 sobre o El-Ettifaq, pelo Campeonato Saudita, mas sofreu a sua primeira eliminação no jogo seguinte ao perder por 3 a 1 para o Al-Ittihad na semifinal da Supercopa Saudita.

O seu primeiro gol pelo Al Nassr saiu em seu último jogo, um empate por 2 a 2 contra o Al Fateh, fora de casa, novamente pelo Campeonato Saudita. O resultado manteve o time de CR7 na liderança da tabela, com 34 pontos, mesmo número de Al-Shabab e Al-Ittihad.

Al Nassr e CR7 voltam a campo amanhã, contra o Al Wehda, às 14h30 (de Brasília), pela 16ª rodada do Campeonato Saudita.