'Ceni não tem distanciamento emocional para comandar o São Paulo', diz Juca

Após o São Paulo tomar uma virada em três minutos do Bragantino e perder mais uma no Paulistão, Juca Kfouri afirmou que o técnico Rogério Ceni não tem tido distanciamento emocional para comandar o clube onde é ídolo. Questionado no Fim de Papo quem é o principal responsável pela situação do Tricolor, o colunista do UOL elegeu Ceni.

Eu acho o Rogério e vou dizer isso tentando contextualizar uma questão que me preocupa não é de hoje. Cada vez mais me convenço que se há um clube do qual o Rogério precisa ficar longe como treinador, é o São Paulo. Porque ele vai acabar ficando na história como o goleiro extraordinário que foi, mas correndo o risco de ficar mais como vilão do que como herói pelas passagens dele como treinador. Ele não tem distanciamento para ser técnico do São Paulo", analisou Juca Kfouri.

Segundo ele, a relutância de Ceni em escalar Galoppo dá a medida da dificuldade do treinador em separar suas convicções pessoais das necessidades de momento do São Paulo.

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"Ele é capaz de dirigir o Flamengo, qualquer outro clube, mas o fato é que ele não tem distanciamento emocional para dirigir o São Paulo. Ele se pega com pequenas perseguições: 'ah eu não indiquei o Galoppo, não boto para jogar'. Aí o Galoppo entra e faz gol. O Galoppo é evidentemente um jogador diferente, não estou comparando com nenhum gênio, mas a matada que ele deu ontem para fazer o gol mostra que ele é um jogador diferente", completou Juca.

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Na opinião de Arnaldo Ribeiro, Rogério Ceni só se mantém no cargo porque é apoiado pela torcida no Morumbi. Ele destacou o contraste de ambiente entre as redes sociais e a arquibancada.

"É muito diverso o ambiente da internet do ambiente do Morumbi, isso já vinha acontecendo no ano passado e agora está muito gritante. A maior prova disso foi a derrota contra o Corinthians no Morumbi que encerrou o tabu, o time não foi vaiado nem o Rogério foi ofendido ou questionado. Esse apoio das arquibancadas e da torcida organizada é que tem segurado o Rogério Ceni, porque quando a arquibancada se volta contra, não tem dirigente que segure."

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"O que me deixa irritado, tanto com Braz e mais ainda com Landim, que só aparece na boa, é a arrogância. Nenhuma satisfação ao torcedor. Antes do jogo passaram mandando beijos parecendo os reis do Marrocos, e desapareceram com o resultado do jogo. Ele [Braz] não me convence como homem de futebol, pode ser bom na política, na articulação, e o Flamengo não tem sido exemplar no trato de seus treinadores. Meia dúzia desde que o Jorge Jesus saiu."

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