Caso Daniel Alves: DNA comprova que houve penetração em vítima, diz jornal
Os testes de DNA realizados com vestígios colhidos no banheiro da discoteca e no exame de corpo de delito da vítima comprovaram que houve penetração vaginal de Daniel Alves no caso em que o jogador é acusado de estupro. As informações são do jornal espanhol El Periódico.
O jornal diz ter tido acesso a fontes que confirmaram que os restos de sêmen coletados das amostras intravaginais da vítima são mesmo de Daniel Alves, de acordo com os resultados obtidos pelo Instituto Nacional de Toxicologia e Ciências Forenses da Espanha.
DNA bate com todas amostras de sêmen
Amostras de sêmen foram coletadas de quatro lugares diferentes: da roupa íntima da denunciante, do chão do banheiro da discoteca e do vestido que a vítima entregou à perícia quando formalizou a queixa contra o jogador, informa o jornal.
Daniel Alves entregou voluntariamente uma amostra de seu DNA —possivelmente saliva— antes de ser preso, no dia 20 de janeiro. O perfil genético do jogador foi comparado às quatro amostras e todos os testes foram positivos.
Segundo El Periódico, a amostra coletada da cavidade intravaginal da vítima, em especial, comprova que houve penetração e não apenas sexo oral, como Daniel Alves havia afirmado inicialmente.
Em sua última versão dada em depoimento, porém, o jogador já teria admitido que houve penetração vaginal, de acordo com informações do jornal espanhol El Tiempo.
Rapidez no atendimento
Durante a investigação, foram colhidos vestígios no interior do banheiro da discoteca e durante o exame de corpo de delito da denunciante.
O exame de corpo de delito foi realizado na madrugada do dia 31 de dezembro, horas depois de a denunciante sair da discoteca —o crime teria ocorrido na noite de 30 de dezembro de 2022.
A rapidez no atendimento foi resultado da aplicação de um protocolo chamado "No Callem", que inclui o treinamento de funcionários de casas noturnas, além de uma série de ações de atendimento a vítimas de agressão sexual.
Como denunciar violência sexual
Vítimas de violência sexual não precisam registrar boletim de ocorrência para receber atendimento médico e psicológico no sistema público de saúde, mas o exame de corpo de delito só pode ser realizado com o boletim de ocorrência em mãos. O exame pode apontar provas que auxiliem na acusação durante um processo judicial, e podem ser feitos a qualquer tempo depois do crime. Mas por se tratar de provas que podem desaparecer, caso seja feito, recomenda-se que seja o mais próximo possível da data do crime.
Em casos flagrantes de violência sexual, o 190, da Polícia Militar, é o melhor número para ligar e denunciar a agressão. Policiais militares em patrulhamento também podem ser acionados. O Ligue 180 também recebe denúncias, mas não casos em flagrante, de violência doméstica, além de orientar e encaminhar o melhor serviço de acolhimento na cidade da vítima. O serviço também pode ser acionado pelo WhatsApp (61) 99656-5008.
Legalmente, vítimas de estupro podem buscar qualquer hospital com atendimento de ginecologia e obstetrícia para tomar medicação de prevenção de infecção sexualmente transmissível, ter atendimento psicológico e fazer interrupção da gestação legalmente. Na prática, nem todos os hospitais fazem o atendimento. Para aborto, confira neste site as unidades que realmente auxiliam as vítimas de estupro.
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