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Grupo LGBTQIA+ entra com ação contra Flamengo por 'violar direitos humanos'

Fachada do módulo profissional do Ninho do Urubu, centro de treinamento do Flamengo - Alexandre Vidal/Flamengo
Fachada do módulo profissional do Ninho do Urubu, centro de treinamento do Flamengo Imagem: Alexandre Vidal/Flamengo

Colaboração para o UOL, em São Paulo

11/02/2023 19h23

O Flamengo é alvo de uma ação apresentada pelo grupo de defesa dos direitos LGBTQIA+ Arco Íris, que relata "condutas em violação de direitos humanos por parte do clube". A indenização pedida é de 1 milhão de reais.

  • Não é a primeira ação judicial levantada pelo grupo, que em 2021 buscou o posicionamento do clube sobre não usar o número 24 em competições oficiais.
  • Agora, a ação volta a apontar cunho homofóbico no clube, por não ter o número 24 na Copa São Paulo de Futebol Jr. 2022.
  • Além da homofobia, a ação faz referências à xenofobia de uma diretora do clube, que fez ataques ao povo nordestino após as eleições de 2022.
  • Por fim, a petição cita o uso da instituição Clube de Regatas Flamengo para fins políticos, ao lembrar do desembarque do time após a conquista da Libertadores 2022 com a presençã do então presidente Jair Bolsonaro.

Inclusive, durante o mandato do ex-presidente Jair Bolsonaro, o Flamengo recebeu o político em diversas oportunidades, não só em jogos, como também no seu CT. O clube não foi o único a manter uma relação amigável com o então presidente, o Palmeiras chegou a levantar a taça de campeão brasileiro com Bolsonaro junto dos jogadores.

Quanto à ação, apresentada essa semana à justiça, o Flamengo deve se posicionar em breve. Na primeira petição, em 2011, o clube reiterou: "(...) É de se ressaltar que o Flamengo é uma entidade privada que não se encontra obrigada a prestar qualquer esclarecimento à associação civil requerente que, por sua vez, também não possui legitimidade para exigir tais esclarecimentos, nem tampouco contestar atos e assuntos internos do clube."