Investidor sonda mercado para vender direitos de clubes da Libra na Série A
O fundo Mubadala, investidor da Libra (Liga de Clubes do Brasil), já começou a sondar veículos de transmissão sobre o interesse nos direitos de TV dos 18 clubes do grupo no Brasileiro de 2025. Essa foi a informação dada pelo fundo aos próprios clubes em reunião com os clubes. Mas o grupo continua com a porta aberta para adesão dos times da Liga Forte Futebol.
Estão no grupo da Libra: Flamengo, Vasco, Botafogo, Santos, Corinthians, Palmeiras, São Paulo, Santos, Cruzeiro, Grêmio, Bahia, entre outros times. Esses clubes vão analisar um contrato para dar de vez ao fundo à representação na comercialização nos seus direitos.
Ao sondar o mercado, o Mubadala também pretende determinar juntamente com os clubes qual será o valor do investimento para comprar 20% dos direitos só das equipes da Libra. A proposta do fundo para compra de um quinto de todo o Brasileiro é de R$ 4,750 bilhões.
Os membros da Libra disseram que a venda dos direitos de transmissão sem ter no pacote todos os 40 clubes das Séries A e B não é o objetivo final da discussão sobre a criação da liga. Mas esse pode ser o desfecho possível, caso o cenário atual se perpetue, com dois grupos rachados entre a Libra e a Liga Forte Futebol. No contexto atual, a busca pela venda separada é vista como uma bola de segurança.
Para atrair os times da Liga Forte Forte Futebol, os clubes da Libra pretendem fechar uma nova tabela de divisão de receitas do Brasileiro para apresenta-lo. Essa nova planilha, assim como mudança na governança, serão votadas em assembleia da Libra após o carnaval. E, depois, apresentadas aos outros clubes.
Como o Mubadala está no mercado atrás de interessados nos direitos, os clubes já decidiram que montarão uma comissão para acompanhar esse trabalho e verificar as propostas que aparecerem.
Uma meta considerada ideal e razoável é concretizar a negociação pelos direitos de 2025 até maio deste ano. O exemplo da Série B é tratado como negativo: a venda se arrasta e a competição não atraiu interessados a ponto de assegurar que ao menos o mesmo valor do contrato atual (cerca de R$ 240 milhões por temporada) seja distribuído entre os clubes. A competição está prestes a começar e não há acordo fechado.
Na próxima assembleia, os clubes também analisarão — e já têm como algo definido — a proposta feita pelo Bahia de ajuste na tabela de divisão de receitas.
A mexida diz respeito à verba referente ao desempenho nas três últimas posições do campeonato — os rebaixados, pelo modelo desenhado
A divisão inicial feita pela Libra previa 0,5% para o último colocado, 1% para o penúltimo e 1,5% para o antepenúltimo.
O ajuste que será submetido a voto prevê 1% para cada um dos três. Como efeito, a proporção entre o que ganha o campeão e o último colocado vai cair para cerca de 3,7 vezes, segundo quem acompanha a discussão na Libra.
Outra tendência é acabar com a necessidade de unanimidade para mudar a fórmula de divisão de receitas, que é a regra atualmente na Libra. Entre os clubes, é visto como provável que isso vai ser aprovado.
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