Justiça adia decisão e só define futuro de Daniel Alves na semana que vem
A Audiência Provincial de Barcelona adiou para a semana que vem a decisão sobre o futuro de Daniel Alves --se o brasileiro continuará em prisão provisória ou se aguardará em liberdade pelo julgamento do processo em que é acusado de agressão sexual.
A decisão de estender o tempo de avaliação do recurso apresentado pela defesa não foi justificada ou comunicada oficialmente, mas fontes judiciais com acesso ao processo revelaram ao UOL que um parecer está previsto para terça-feira.
Esperava-se que uma decisão fosse divulgada ainda na quinta-feira (16), mas a programação da Sala 3 da Audiência previa o julgamento de outros casos, o que tornou inviável um parecer imediato. Depois, esperava-se que a conclusão da análise do recurso da defesa acontecesse nesta sexta (17), mas os membros da mesa pediram mais tempo para avaliar o caso.
Foram à Audiência Provincial na quinta-feira os advogados de Daniel Alves, da denunciante e a procuradora do Ministério Público Espanhol. O jogador não estava convocado para comparecer. Os membros da Audiência avaliam se o recurso da defesa, que pede a saída do brasileiro da prisão, será aceito ou negado.
Daniel Alves está em prisão provisória desde 20 de janeiro no complexo penitenciário de Brians, a cerca de 40km de Barcelona. Ele é acusado por uma mulher de 23 anos, que afirma ter sido estuprada na noite de 30 de dezembro, no banheiro de uma área VIP da discoteca Sutton, na capital catalã.
Bastidores da Audiência
O encontro entre a defesa de Daniel Alves, a advogada da denunciante e a procuradora do Ministério Público Espanhol com os magistrados da Sala 3 da Audiência tinha como objetivo permitir que as partes apresentassem os argumentos a favor e contra a liberação do jogador. Na semana passada, o recurso da defesa foi entregue à Sala, assim como as contestações da acusação.
No entanto, o advogado Cristóbal Martell aproveitou o tempo que tinha para rebater novamente a versão da vítima -como já havia feito no recurso. Em sua intervenção, o advogado mudou a versão dada pelo jogador até agora, afirmando que houve uma relação sexual com penetração e consentida.
A advogada da denunciante, Ester García López, usou seu tempo na Audiência para argumentar que, mesmo com todas as medidas cautelares que Daniel Alves diz estar disposto a adotar, o risco de fuga da Espanha persiste.
"Como acusação particular, mantivemos a mesma posição que tivemos na contestação ao recurso: entendemos que ele deve ficar preso sem fiança. O risco de fuga continua elevado e não faz nem um mês que ele está na prisão", disse a advogada em uma breve conversa com jornalistas na saída da Audiência.
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