O famoso gol de barriga do Renato Gaúcho na final do Carioca não valeu?
Em 25 de junho de 1995, Renato Gaúcho mandou a bola para a rede com um toque de barriga e garantiu o título do Campeonato Carioca ao Fluminense, em cima do rival Flamengo. Um dos gols mais famosos do futebol brasileiro, porém, não está registrado oficialmente, nem foi narrado no momento em que aconteceu.
A súmula daquela partida, apitada por Leo Feldman, aponta outro jogador como autor do gol: o meia Aílton. Foi dele a jogada pela direita e a finalização que acabou no desvio de Renato Gaúcho.
A tese de Feldman de que o ex-camisa 8 tricolor foi quem fez o gol, inclusive, é defendida até hoje, como mostra matéria publicada pelo UOL em junho de 2020, quando o título fez 25 anos.
A jogada foi toda dele. Ele dá dois cortes lindos no Charles Guerreiro e bate cruzado. A bola entraria sem bater na barriga do Renato, que até se encolheu para não tomar bolada. Eu defendi isso em um programa na TVE, com o Paulo Stein, na frente do Renato, anos depois. Nem Renato nem Aílton tinham visto aquela súmula Leo Feldman.
O nome de Renato também não aparece nas narrações de rádios e TV's, que creditaram o gol a Ailton. José Carlos Araújo, o Garotinho, lembrou desse episódio em um especial daquela conquista feito pela FluTV.
Para mim, na transmissão, foi o Ailton, que corta para um lado, corta para o outro, e chuta. Então, eu narrei o gol do Ailton, certo que era gol do Ailton Garotinho.
"Tive um reflexo muito grande"
Ao falar sobre o gol, Renato Gaúcho explica que a intenção principal era recolher o braço para que a bola não encostasse e pudesse invalidar o lance.
Começo a entrar na área. O Ailton corta para lá, corta para cá, vai chutar... Não, daqui a pouco ele corta de novo e, quando chuta, tive um reflexo muito grande. O meu trabalho foi de tirar o braço da frente. Não é que eu quis fazer o gol de barriga, eu tirei o braço da frente e, automaticamente, a bola pegou na barriga e entrou Renato Gaúcho, à FluTV
Aílton, "autor oficial" do gol, brinca com a forma física do ex-companheiro. "Eu costumo falar com ele que ele estava gordinho, por isso que facilitou a bola bater e entrar. Não tem coisa melhor que ter o gol dividido", afirmou.
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