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Jornal: Após ser absolvido, Greenwood teve 1ª reunião com chefia do United

Mason Greenwood, jogador inglês do Manchester United acusado de estupro e violência doméstica - REUTERS/Phil Noble
Mason Greenwood, jogador inglês do Manchester United acusado de estupro e violência doméstica Imagem: REUTERS/Phil Noble

Colaboração para o UOL, em Maceió

26/02/2023 10h22

Mason Greenwood já encontrou a chefia do Manchester United após ter suas acusações de agressão e violência sexual retiradas pela justiça inglesa, de acordo com o jornal 'The Sun'.

O clube mantém investigação e ainda não decidiu o futuro do atacante. A reunião entre ele e a chefia do clube faz parte desse processo e a tendência é que existam outras até que sua integração ou não ao elenco seja definida.

Greenwood continua suspenso pelo United, apesar de estar inscrito em competições como o Campeonato Inglês. Acredita-se que, caso receba a decisão de que ficará no clube, o atacante de 21 anos não atuará nesta temporada.

A reunião aconteceu no dia 16 deste mês, às vésperas da primeira partida contra o Barcelona na Liga Europa.

"Mason e sua equipe se reuniram com o clube para iniciar o processo de tentar entender exatamente o que pode ou não ter acontecido. É uma situação extremamente delicada e o clube acha justo que Mason tenha a oportunidade de se explicar completamente. O clube está ansioso para ouvir sua versão dos acontecimentos. Somente quando eles tiverem o quadro completo, eles poderão começar a levar as coisas adiante", disse uma fonte ao 'The Sun'.

O jornal também afirma que o técnico Erik Ten Hag e o jogador conversaram por telefone quando as acusações foram retiradas. Greenwood fez o mesmo com alguns companheiros de time, especialmente os que conhece desde a base.

Ele tem contrato até 2025 e continua recebendo salário, embora tenha perdido patrocínios importantes, como o da Nike.

Relembre o caso

Greenwood foi preso em janeiro do ano passado, acusado de agressão e violência sexual. Após ser interrogado por dois dias, foi liberado sob pagamento de fiança.

Em outubro, o jogador teria tentado contato com a vítima e foi detido novamente, sendo liberado quatro dias depois.

O atacante, que foi titular em alguns jogos na temporada 2020/21, segue suspenso do United. À época, a Nike decidiu revogar o patrocínio pessoal.

Segundo o "The Guardian", um porta-voz apontou que "não havia mais uma perspectiva realista de condenação", após uma combinação em que testemunhas importantes retiraram a cooperação à investigação e "um novo material vir à tona".

Michaela Kerr, chefe suplente de proteção pública da Polícia de Manchester disse que "dada a significativa cobertura da mídia deste caso, é justo compartilhar a notícia de que o homem de 21 anos não enfrenta mais processos criminais em relação a isso".

Por outro lado, Kerr ressaltou que "gostaria de aproveitar a oportunidade para reiterar o compromisso dos órgãos em investigar alegações de violência contra mulheres e meninas, e apoiar as pessoas afetadas".

Como denunciar violência sexual

Vítimas de violência sexual não precisam registrar boletim de ocorrência para receber atendimento médico e psicológico no sistema público de saúde, mas o exame de corpo de delito só pode ser realizado com o boletim de ocorrência em mãos. O exame pode apontar provas que auxiliem na acusação durante um processo judicial, e podem ser feitos a qualquer tempo depois do crime. Mas por se tratar de provas que podem desaparecer, caso seja feito, recomenda-se que seja o mais próximo possível da data do crime.

Em casos flagrantes de violência sexual, o 190, da Polícia Militar, é o melhor número para ligar e denunciar a agressão. Policiais militares em patrulhamento também podem ser acionados. O Ligue 180 também recebe denúncias, mas não casos em flagrante, de violência doméstica, além de orientar e encaminhar o melhor serviço de acolhimento na cidade da vítima. O serviço também pode ser acionado pelo WhatsApp (61) 99656-5008.

Legalmente, vítimas de estupro podem buscar qualquer hospital com atendimento de ginecologia e obstetrícia para tomar medicação de prevenção de infecção sexualmente transmissível, ter atendimento psicológico e fazer interrupção da gestação legalmente. Na prática, nem todos os hospitais fazem o atendimento. Para aborto, confira neste site as unidades que realmente auxiliam as vítimas de estupro.